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Fenômeno reforça ainda mais as apostas do campo na soja precoce

As chuvas trazidas pelo El Niño, além de mais abundantes, também devem ser mais regulares e tendem a começar mais cedo


“Este é o ano que o produtor pode arriscar um pouco mais na soja precoce.” A afirmação é do meteorologista do Instituto Somar, Paulo Etchichury. Segundo ele, as chuvas trazidas ao Sul do país pelo El Niño, além de mais abundantes, também devem ser mais regulares e tendem a começar mais cedo. Precitações bem distribuidas ao longo do ciclo fortalecem a aposta em variedades precoces, que são menos tolerantes à falta de água, argumenta. Além disso, com o retorno do fenômeno, os solos devem estar em boas condições de umidade para receber as sementes a partir de setembro, o que deve incentivar o plantio antecipado.

“Nos últimos anos, este é o ano que mais estamos vendendo semente de soja. E as variedades precoces são as que têm maior procura”, relata Marcelo Martins Pereira, coordenador do departamento técnico da revenda de insumos Agrícola Campele, em Guarapuava. Ele explica que a demanda pela oleaginosa aumentou porque vai haver migração de área de milho para a soja. Com custos mais altos, o cereal deve ceder à oleaginosa 20% da área que ocupou no ano passado na região, prevê Pereira. “E se diminur a área de milho vai ter de plantar mais soja do cedo. Isso porque se for plantar tudo junto o plantio vai até o natal”, avalia.

O produtor que optar por variedades precoces neste ano deve colher bons resultados, mas para diluir ao máximo os riscos a melhor receita é escalonar o plantio, recomenda Etchichury.

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