Ferrugem é a principal doença no Centeio
Para controle da doença, a eliminação de plantas voluntárias, o uso de cultivares resistentes e controle químico são os procedimentos mais indicados
As populações de centeio cultivadas no Brasil apresentam marcada resistência às doenças da parte aérea, como oídio, ferrugem da folha e septoriose. Ferrugem do colmo (Puccinia graminis). Esta doença pode ser considerada a mais importante de centeio. As plantas infectadas apresentam descoloração inicial dos tecidos, e, com o progresso da doença, surgem frutificações (pústulas), ovais a alongadas, isoladas ou agrupadas, sobre colmo, bainhas e lâminas foliares, inicialmente de coloração amarelada, que escurecem com o tempo. As pústulas podem romper a epiderme do tecido e liberar os esporos (uredosporos). Os esporos do fungo são disseminados, principalmente pelo vento, e sobrevivem em plantas voluntárias. Para controle desta doença, a eliminação de plantas voluntárias, o uso de cultivares resistentes e o controle químico são os procedimentos mais indicados. Outra doença importante é o Mal-do-pé (Gaeumannomyces graminis), que ataca as raízes das plantas ocasionando podridão do sistema radicular. Normalmente esta doença ocorre com elevada umidade e temperaturas do solo abaixo de 20ºC. Helmintosporium, Giberela e a podridão comum da raiz são importantes, com surgimento em menor intensidade.
Em termos de pragas, os pulgões aparecem em qualquer estagio da cultura, desde a emergência até próximo da colheita. No manejo de pulgões da parte aérea, recomenda-se aplicar inseticidas apenas quando forem atingidos os seguintes níveis populacionais, de acordo com a fase das plantas: a) 10% de plantas infestadas, da emergência ao perfilhamento; b) 10 pulgões/perfilho, do alongamento ao emborrachamento; e c) 10 pulgões/espiga, do espigamento ao grão em massa. As lagartas mais comuns inicialmente são verdes e, quando maiores, podem apresentar coloração variável do esverdeado ao quase preto, predominando a coloração pardo-acinzentada com listras longitudinais claras e escuras. Os danos são mais freqüentes a partir do espigamento até a fase de maturação, período em que consomem folhas e espigas. Deve-se ter atenção especial aos corós, que são larvas de solo de cor esbranquiçada, com a cabeça e os três pares de pernas (torácicos) mais escuros. Para manejo de corós, é fundamental que seja realizado monitoramento periódico das áreas, por meio da abertura de trincheiras com 20 cm de profundidade no solo, em número e tamanho necessário para conferir representatividade à amostragem. Sinais e sintomas da presença de corós (diminuição da população de plantas, plantas mal desenvolvidas, perdas em rendimento, etc.) também auxiliam no monitoramento. Não existem indicações específicas para manejo de corós em centeio. Em trigo, tanto o coró-das-pastagens como o coró-do-trigo podem causar danos a partir de 5 corós/m². O tratamento de sementes com inseticidas tem se mostrado eficiente no controle dessas larvas de solo. Brocas, percevejos e tripes também podem são uma ameaça para cultura.
Consulte o Agrolinkfito para verificar as solucões para pragas e doenças nos Cereais de Inverno.