Fertilizante 50% mais barato e perdão de dívidas: EQUADOR

Em meio a uma convulsão social vivida nas últimas semanas no Equador, o presidente do país, Guillermo Lasso, anunciou uma série de medidas para conter os protestos. Uma das principais será o subsídio do custo dos fertilizantes em 50% para agricultores de pequeno e médio porte.

Além disso, Lasso prometeu aumentar o auxílio aos setores mais vulneráveis, e que o banco público do Equador perdoará empréstimos vencidos de até US$ 3.000. De acordo com o presidente, não haverá aumento no custo do diesel, gasolina e gás.

Os protestos iniciaram em meados de Junho com a liderança de grupos indígenas, entre eles a Confederação de Nacionalidades Indígenas, que começaram a bloquear ruas e estradas para reclamar das políticas econômicas e sociais de Lasso. As manifestações exigiam o congelamento do preço da gasolina, a interrupção de mais projetos de mineração e petróleo, e mais tempo para pequenos agricultores pagarem seus empréstimos bancários. 

A revolta foi ganhando mais apoio de grupos radicais e se tornando mais violenta, com passeatas de grupos invadindo e depredando propriedades. Cálculos extraoficiais do mais recente balanço de uma aliança de organizações de direitos humanos estimam que cerca de 14.000 manifestantes protestaram contra o aumento do custo de vida no Equador na última quinta-feira, 23 de Junho, provocando seis mortes e 100 feridos, entre eles 17 soldados que defendiam um comboio de alimentos atacado por um grupo.

De acordo com a polícia, 74 agentes ficaram feridos desde 13 de junho. Segundo a aliança, foram registados no mesmo período 92 feridos e 94 detenções entre os manifestantes. Os indígenas exigem que seja revogado o estado de emergência decretado pelo governo em seis províncias para refrear os protestos. O governo recusa e diz que congelar os preços dos combustíveis custaria ao Estado mais de 1 bilhão de dólares por ano.