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Fertilizantes: média de consumo em MT supera a Argentina e EUA

Devido à baixa fertilidade natural de seus solos, o Estado utiliza uma média de 450 kg de adubo por hectare cultivado


Autor: Assessoria

Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil na atual temporada, é também o maior consumidor de fertilizantes por hectare do mundo. Devido à baixa fertilidade natural de seus solos, o Estado utiliza uma média de 450 kg de adubo por hectare cultivado. Grandes produtores de grãos, como Paraná, Argentina e Estados Unidos, por exemplo, utilizam aproximadamente 200 kg/ha, 40 kg/ha e 30 kg/ha, respectivamente.

"A média de consumo de fertilizantes por hectare do estado é praticamente a soma das médias de aplicação da Argentina, dos Estados Unidos e do dobro do Paraná", aponta a analista de custos do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), Luana Camila de Almeida. O ciclo estadual 08/09 demandou 3,7 milhões de toneladas em Mato Grosso, volume necessário à cobertura da área plantada de 8,39 milhões de hectares.

O que poderia ser um grande poder de barganha, porém, não se reverte em números positivos aos produtores. A dependência de grandes multinacionais que monopolizam a extração e comercialização de nitrogênio, fósforo e potássio, e os custos de logística tornam o custo de fertilizantes para o produtor mato-grossense maior do que se comparado com outras regiões.

Historicamente, os fertilizantes vêm respondendo por pelo menos 30% do total dos custos de produção. Dados do Imea revelam que na atual safra ciclo 08/09 o custo de aplicação de adubo por hectare (ha) nas lavouras estaduais registrou média de US$ 477/ha, valor ainda estimado para o próximo ciclo. No mesmo período, o custo no Paraná foi de US$ 358/ha, e nos Estados Unidos e na Argentina, de cerca de US$ 100/ha.

Bienal- O tema "fertilizantes" faz parte com destaque da terceira edição da Bienal dos Negócios da Agricultura, que será realizada de 19 a 21 de agosto em Cuiabá. Na segunda-feira (20), houve um painel sobre "Fertilizantes e seus impactos na Renda do Produtor". Focada no tema "renda agrícola", a Bienal já tem confirmadas as presenças do assessor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ali Aldersi Saab, e do doutor e pesquisador da Esalq, José Paulo Malin, que vão discutir o potencial brasileiro de auto-suficiência na produção de fertilizantes e as alternativas para reduzir os custos com adubos com a agricultura de precisão.

A Bienal dos Negócios da Agricultura é promovida pela Famato em parceria com Aprosoja, Ampa e Senar. Mais de mil participantes são esperados para o evento, incluindo os 500 maiores produtores rurais do Estado. Com o objetivo central de buscar novas formas de rentabilidade na produção agrícola, a Bienal terá temas como logística, fertilizantes, gestão rural, mercado de commodities e sustentabilidade ambiental em sua programação.

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