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Festas aumentam vendas de aves e suínos

Para as aves, o aumento do consumo passa pelo fim do temor da gripe aviária


Passado o prejuízo provocado pelo risco da gripe aviária no começo do ano, o cenário está um pouco mais positivo para a indústria de aves nas festas de fim de ano. O alojamento de aves de corte em outubro, mês em que as aves alojadas abastecem o mercado no período natalino, foi o maior do ano, com cerca de 420 milhões de cabeças, segundo dados da Apinco, associação que reúne os produtores de pintos de corte. "Está ocorrendo uma recuperação no setor", afirma José Carlos Godoy, secretário-executivo da entidade.

Godoy lembra que os preços das aves tiveram uma forte queda no primeiro semestre deste ano por conta do temor da gripe aviária. "Desde janeiro de 2001 não tínhamos preços tão baixos", disse. Para ele, as vendas no mês de dezembro devem ficar nos patamares observados no mesmo período do ano passado, ao redor de 880 mil toneladas de carne de frango.

A Sadia, por exemplo, maior agroindústria de aves do País, não fala em volumes, mas espera que as vendas da linha de aves especiais (fiesta, tender e peru) cresçam entre 8% e 10% no final do ano. Para Gilberto Xandó, diretor comercial de mercado interno da Sadia, o temor da gripe aviária não provocará retração nas vendas como se falou nos últimos meses. "Nossas aves foram produzidas ao longo do segundo semestre, por isso a gripe não vai atrapalhar nossas vendas", afirma, sem informar o número de animais que foram alojados.

Além do Brasil não ter registrado casos de gripe aviária e o temor com a doença no mundo estar diminuindo, Xandó diz que o pagamento do 13º salário sempre ajuda nas vendas natalinas. "As famílias têm procurado cada vez mais ampliar o número de opções nas festas de fim de ano. Aquela mesa que só tinha o peru está sendo complementada com outros produtos e por isso acreditamos que o período deve ser positivo", afirma.

Na avaliação do executivo, a empresa deverá manter o crescimento "moderado e consistente" que tem obtido ao longo dos últimos três anos. Apesar de o peru continuar sendo a grande tradição das festas de fim de ano, o fiesta é o produto que tem apresentado os maiores índices de crescimento. "Suas vendas têm crescido cerca de 30% ao ano", diz Xandó.

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