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Fetag-RS mobiliza setor do tabaco para a compra da safra em dezembro

Nos últimos dias, a Fetag/RS iniciou uma mobilização para que as indústrias antecipem a comercialização do produto


Foto: Marcel Oliveira

Nos últimos dias, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais iniciaram uma mobilização para que as indústrias antecipem a comercialização do produto. “Com os últimos acontecidos, nossos agricultores estão descapitalizados, a última safra não foi tão boa. Sem contar que a cura do tabaco está adiantada, em visto à estiagem na safra passada, os nossos produtores se anteciparam e plantaram o tabaco antes”, complementa o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.

A entidade preparou um documento e encaminhou para oito empresas que compram o tabaco. Até o momento, Silva explica que a Universal Leaf Tabacos Ltda respondeu que fará a compra em dezembro. A Souza Cruz e a China Tabaco Internacional do Brasil afirmaram que farão a compra em janeiro e estão à disposição dos produtores. “Eles se colocaram à disposição dos produtores que precisem de um recurso para cumprirem com as obrigações, uma espécie de adiantamento.”

Agora, a Fetag aguarda o retorno das demais empresas. “A gente precisa dessa resposta o quanto antes. Ano passado não se tinha essa demanda, agora a cura do tabaco está adiantada. Para o produtor se preparar e evitar a venda por atravessadores e uma descapitalização maior a resposta quanto antes melhor. Assim ele consegue se preparar e finalizar o tabaco”, cita o presidente da Fetag.

Alívio

Há 18 anos envolvida no cultivo do tabaco, a agricultora Vera Lucia Scheren da Luz, 52 anos, não lembra de ter plantado o tabaco mais cedo como neste ano. Nessa semana, ela e o esposo Luis Gerson da Luz já se encaminham para a colheita da terceira apanha. “Plantamos o fumo mais cedo do que em anos anteriores e agora já tem bem mais seco. Vender antes da virada do ano traria um alívio”, frisa a agricultora de Linha Tangerinas.

Nesta safra, a família plantou 70 mil pés de tabaco e estão na expectativa para que a indústria compre o tabaco ainda em dezembro. “A gente pretende usar esse dinheiro para pagar as contas. Na última safra tivemos uma quebra. Se a empresa comprasse agora a gente iria apressar e aprontar um pouco e vender. Iríamos terminar o ano aliviados, complementa Vera.

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