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Fonio pode ser a nova quinoa?

Indústria tenta emplacar "novo grão antigo" sem glúten


O fonio é um grão antigo, que é rico em proteínas e cresce bem em condições áridas, como a Quinoa. Agora uma empresa tenta popularizar o grão, com venda direta das fazendas ao consumidor final. A empresa é fundada pelo chef senegalês radicado em Nova Iorque Pierre Thiam e pelo veterano da indústria alimentícia americana Philip Teverow. A empresa, chamada de Yolelé, tenta criar um mercado exportador para o fonio e melhorar a vida dos produtores do Oeste da África.

O produto tem um "sabor neutro" como arroz branco e que pode ter novos sabores como novos ingredientes. Para Teverow, o produto é ideal para produtos assados como pães, biscoitos e bolachas e seria estável em produtos congelados, gelados ou misturados.

"Em uma cozinha de restaurante, é muito fácil de trabalhar com o fonio como ingrediente. Cozinha super rápido. Por outro lado, nunca foi usado como produto industrial antes. A composição de proteína também é notável: é forte em metionina e cisteína, amino-ácidos essenciais que são deficientes na maioria dos grãos," disse Teverow ao Portal Food Navigator.

A Yolelé vende fonio a US$ 5,99 por um pacote de 280 gramas. O fonio tem grãos pequenos, cada semente é um poco maior que um grão de areia, o que dificulta a debulha e o processamento. Para produzir dois quilos de fonio, são necessárias duas horas para produção manual.  A empresa tenta juntar fundos para produzir fonio em escala industrial. A americana Kellog estaria interessada em se envolver no processamento industrial, mas ainda não fez nenhum aporte.

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