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Fórum desafio 2050: como alimentar um mundo com 9 bilhões de pessoas?

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Não basta produzir mais alimentos. O desafio de abastecer 9,3 bilhões de pessoas em 2050 exige que o Brasil e o mundo também reduzam perdas e desperdícios, abram o comércio mundial, invistam em inovação, revejam a relação das pessoas com a comida e garantam que os agricultores familiares tenham renda de forma sustentável.

Esses temas serão debatidos na edição 2014 do Desafio 2050, que será realizado no próximo dia 14 de outubro, em São Paulo. A iniciativa integra o Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos criado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO-ONU), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

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A preocupação global com a segurança alimentar fica ainda maior diante de um recente estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, que projeta que a população mundial pode chegar a 12 bilhões de habitantes em 2100, com uma África três vezes mais populosa do que hoje.

A FAO-ONU projeta que o Brasil será o principal responsável pelo aumento da produção global de alimentos nas próximas décadas. “O Brasil está atendendo o chamado e ampliando constantemente a oferta de alimentos, por meio do desenvolvimento e da adoção de tecnologias”, avalia Alan Bojanic, representante da FAO-ONU para o Brasil e palestrante do evento no dia 14 de outubro. De acordo com projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgadas há duas semanas, só nos próximos 10 anos, o Brasil deve ampliar a produção de grãos e de carnes em mais de 30%.

Com cinco milhões de famílias de produtores rurais, o Brasil deixa claro o papel central da agricultura familiar no crescimento da oferta global de alimentos. O Desafio 2050 também aborda o desenvolvimento dessas famílias, já que 2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar da ONU. “Esperamos levar o conjunto de propostas e experiências apresentadas durante o Desafio 2050 para outros lugares, pois quase metade da população global está no meio rural”, diz Eduardo Daher, diretor executivo da Andef.

O Desafio 2050 contará com apresentações também do presidente da Embrapa, Maurício Lopes; do coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Unicamp, Walter Belik, que é um dos idealizadores do programa Fome Zero; da representante para o Brasil do Projeto Millennium e mestre em Estudos do Futuro pela Universidade de Houston, Rosa Alegria; da chef Monica Rangel, fundadora do Movimento Brasil à Mesa; e do embaixador Marcos Azambuja, ex-secretário-geral do Itamaraty e coordenador da Rio92.
 
Heróis da Revolução Verde

Além de abordar os temas centrais ligados à alimentação, o Desafio 2050 reverenciará, mais uma vez, os heróis da Revolução Verde no Brasil. São especialistas das Ciências Agrárias e da Alimentação, cujas pesquisas e inovações contribuem de forma decisiva para o aumento contínuo da competitiva produção brasileira de alimentos. Neste ano, o Brasil produzirá 200 milhões de toneladas de grãos, 26 milhões de toneladas de carnes, 35 bilhões de litros de leite e 1,2 bilhão de dúzias de ovos, entre outros indicadores.

“Assim como fizemos no ano passado, vamos prestar nosso tributo às pessoas que dedicam suas vidas à produção de alimentos no Brasil, além de prestar uma homenagem especial aos 100 anos do nosso mestre, Fernando Penteado Cardoso”, ressalta Luiz Carlos Corrêa Carvalho presidente da ABAG.

Responsável pela difusão do uso de fertilizantes no Brasil, Fernando Penteado Cardoso foi um dos 10 heróis homenageados na edição 2013 do Desafio 2050. Além dele, receberam o título de Heróis da Revolução Verde no ano passado os ex-ministros Roberto Rodrigues e Alysson Paolinelli, além de agricultores e cientistas como Eliseu Alves, Edson Lobato, Alfredo Scheid Lopes e Cacilda Borges do Valle.
 
Serviço
DESAFIO 2050 – Unidos para alimentar o planeta
14 de outubro de 2014, das 8h30 às 13h
Museu Brasileiro da Escultura MuBE  |  Av. Europa 218, São Paulo (SP)
 
Programação Completa 

Panorama mundial da fome e as contribuições da agricultura familiar
Alan Bojanic, representante da FAO-ONU para o Brasil

A maior parte dos 800 milhões de famintos do mundo está na zona rural, e cerca de 70% dos alimentos produzidos no mundo vêm da agricultura familiar. O engenheiro agrônomo boliviano da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura indica os caminhos para que os pequenos produtores ampliem sua renda e a oferta de alimentos.
 
O futuro dos alimentos

Maurício Lopes, presidente da Embrapa

Até 2050, o mundo não estará apenas produzindo mais alimentos. Pesquisas na fronteira da ciência mostram que produziremos alimentos melhores, do campo à mesa. O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária mostra o que vem pela frente e como as cadeias produtivas devem se preparar.
 
Produção, natureza e sociedade: o equilíbrio em busca da segurança alimentar


Walter Belik, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação - Unicamp

Um dos criadores do programa Fome Zero, Belik mostra como o combate à fome depende do equilíbrio entre a produção de alimentos e os recursos naturais. E coloca mais um fator nessa equação: o social. Fenômenos como o desperdício de alimentos e a pobreza também precisam ser enfrentados.
 
“O Estado do Futuro” e os desafios da superpopulação

Rosa Alegria, representante para o Brasil do Projeto Millennium

Todos estudam o passado na escola, mas ninguém aprende a estudar o futuro. Para abrir essa diferente linha de raciocínio, a mestre em Estudos do Futuro pela Universidade de Houston apresenta os destaques do Estado do Futuro, levantamento anual do Projeto Millennium sobre os 15 desafios globais.
 
Gastronomia brasileira: qualidade para ganhar o mundo

Monica Rangel, chef e fundadora do movimento Brasil à Mesa

Proprietária de um dos mais premiados restaurantes mineiros do Brasil, decidiu se engajar na defesa da culinária brasileira em 2011, quando uma normativa da Embratur exigiu que os hotéis cinco estrelas tivessem restaurantes de gastronomia internacional – sem nenhuma menção à cozinha brasileira. Hoje, em parceria com a própria Embratur, promove os sabores brasileiros em todo o mundo.
 
A projeção internacional do Brasil no desafio de combater a fome

Emb. Marcos Azambuja, ex-secretário geral do Itamaraty e coordenador da Rio92

Especialista em desenvolvimento sustentável, o ex-embaixador do Brasil na Argentina e na França apresenta uma visão inusitada sobre as oportunidades e riscos da imagem do Brasil “Celeiro do Mundo”. Afinal, não basta produzir excedentes; Azambuja aponta os caminhos para que o país abra mercados e costure acordos comerciais.

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