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Free Stall, Compost Barn ou pasto?

Conheça as diferenças, vantagens e desvantagens de cada sistema


Foto: Marcel Oliveira

Quando o criador aposta em gado de leite precisa definir se fará confinamento ou a pasto. Alguns sistemas têm vantagens sobre outros em manejo, economia e desempenho.

O Free Stall é aquele onde os animais são confinados e separados por estruturas, onde podem circular. Normalmente é dividido em duas ou quatro partes: baias individuais nas quais os animais ficam lado a lado e podem descansar e outras destinadas a exercícios e a alimentação do rebanho e, por fim, existe o espaço para a ordenha.O sistema tem ganhado destaque pela facilidade do manejo e pelo menor estresse que causa aos animais já que ficam soltos. O conforto térmico também é uma vantagem, assim como o controle alimentar que não depende do clima para que o pasto esteja bom.

Para evitar a competição é preciso planejar bem o número de animais por cocho. Permite a mecanização. Por outro lado a produção deve ser alta para viabilizar os custos. A implantação do sistema exige maior investimento por parte do criador, com as estruturas, embora o custo de manutenção seja baixo. Também exige mão-de-obra qualificada e orientações técnicas. Pela proximidade entre os animais o risco de transmissão  doenças também é mais alto, exigindo um manejo qualificado contra mastite.

O Compost Barn é novo no Brasil e consiste em um galpão coberto onde ficam os animais, com chão coberto com serragem ou feno. Por ser um local de compostagem, a cama demanda higiene para manter a sanidade das vacas e evitar problemas no leite. As instalações costumam ser simples, apenas com ventiladores e pé direito alto.A implantação é de custo intermediário e deve ser bem planejada. Tem que considerar elementos como posição do sol , permitir boa ventilação, evitar superlotação de animais e planejar o manejo da cama.

Ela deve ser revirada pelo menos duas vezes do dia, enquanto os animais estão na ordenha. O material também deve ser reposto assim que necessário. Esse custo de manutenção é considerado de médio a alto. A competição entre as vacas é média, com conforto térmico e controle alimentar altos. O risco de doenças é de médio a baixo e a mastite é considerada de baixa infestação.

Já o sistema a pasto é velho conhecido e simples, dependendo do ambiente e do potencial produtivo da vaca. O custo de implantação e mão-de-obra qualificada é baixo, assim como não há necessidade de mecanização. Devem ser observados manejos como investir em cercas, roçagem, semeadura e afins, uma vez que esses recursos auxiliam em todas as etapas da produção. Também devem ser calculadas estruturas para ordenha, para bezerros e currais.  O criador deve se preocupar com disponibilidade e qualidade do pasto e ainda observar as dificuldades com clima que diminui a oferta de forragem. O teor de matéria seca deve ser acompanhado de perto. Quando está baixo, tende a limitar o consumo do alimento. A proteína bruta, por sua vez, diminui com o aumento da idade da planta — menos de 12% de proteína bruta na base da matéria seca limita a produção, por exemplo. Em suma, a alimentação é feita apenas com pasto, cujo grau de volume e concentração pode variar.

O criador deve ter uma boa área disponível. O custo de produção é baixo, sendo o sistema indicado para vacas de menor produção. Controle térmico, alimentar são baixos e precisam ser observados. O risco de doenças é baixo e a mastite deve ser bem manejada.

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