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Fretes altos seguram preços do milho

Compradores precisam se abastecer de milho distante das suas plantas


Os preços do milho estão em um movimento lento, gradual e firme de descida nas principais regiões brasileiras. “Só não caem mais fortemente porque os preços dos fretes (muito altos, depois da implantação da fatídica tabela, um assunto ainda não bem resolvido) não permitem”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco. 

De acordo com o especialista, muitos compradores precisam se abastecer de milho adquirido muito longe das suas plantas, ou mesmo em outros estados. Segundo ele, isso exige fretes na tabela de 30 de maio, que elevou os custos deste item entre 50% e 150%. Os índices do Cepea registraram nesta segunda-feira (25.06) queda de 0,34% (com perda acumulada de 16,99% no mês) na B3 e 0,27% (com perda acumulada de 18,20% no mês) em Campinas.

“No RS houve ainda alguma negociação antecipada da safra de verão 2018/19 na semana passada. Rodaram em torno de 1 mil toneladas por R$ 38 a R$ 40/saca para entrega em fevereiro em fábricas da Serra gaúcha e pagamento 30 dias depois. Na sexta-feira, compradores indicavam o mesmo valor, mas não foram reportados negócios naquele dia”, explica. 

EXPORTAÇÕES

As exportações de milho brasileiro aumentaram 101,3% no comparativo semanal, mas este percentual reflete valores absolutos irrisórios diante dos embarcados na mesma semana do ano passado, contra os quais foram 79,7% inferiores. “De qualquer maneira, mostram que os movimentos da exportação de milho estão começando, em que pese os problemas de logística nos portos e na contratação de caminhões, uma vez que os embarques de soja estão atrasados”, contextualiza Pacheco.

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