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Friboi desiste de se instalar no Rio Grande do Sul

O comunicado do frigorífico ressalta que faltaram outras garantias de apoio e incentivo


O frigorífico Friboi, de São Paulo, suspendeu o projeto de instalação de uma unidade fabril no município gaúcho de São Borja. O comunicado, assinado pelo presidente do Conselho Administrativo do Grupo, José Batista Júnior, foi divulgado nesse final de semana. O dirigente ressalta que, apesar do apoio irrestrito do município nas conversações estabelecidas no ano passado, faltaram outras garantias de apoio e incentivo. "Este ano, devido à troca da equipe de governo do Estado, novas negociações precisariam ser iniciadas, o que dificultaria continuarmos com o projeto antigo sem as adaptações necessárias", diz o informe da empresa.

De acordo com o prefeito de São Borja, Mariovane Weis, não houve conflito com a administração local e a decisão do frigorífico é de não se instalar em nenhum outro município gaúcho. "Eles suspenderam o negócio no RS todo", salienta. Segundo Batista, o potencial da região para receber o investimento da empresa já estava confirmado.

O secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Estado, Nelson Proença, afirma que em nenhum momento o novo governo foi procurado pela direção do Friboi para retomar as negociações. Ele assegura que um empreendimento como o do frigorífico paulista interessa muito ao Rio Grande do Sul. "Vou fazer o que for possível para trazer o investimento para São Borja", declarou. Proença garantiu que entrará em contato com a empresa em São Paulo ainda hoje para retomar as reuniões.

A decisão do frigorífico foi comunicada a Mariovane Weis extra-oficialmente na última quarta-feira por telefone. Contudo, ele crê que a suspensão não seja definitiva, prevendo que as conversações possam ser retomadas nos próximos meses.

O presidente do Sindicato Rural de São Borja, Iure Dornelles, revela que reunião de trabalho em Brasília, em dezembro, com o presidente do grupo Friboi já indicava a tendência da suspensão do investimento. Ele acredita que a série de novos empreendimentos do Friboi na Argentina possa ter prejudicado o projeto gaúcho. A planta previa um aporte de 60 milhões de dólares, 1,2 mil abates diários e geração de até 2 mil empregos diretos. A assinatura do protocolo entre o então governador Germano Rigotto e José Batista Júnior estava prevista para dezembro do ano passado, mas não chegou a ser efetivada.

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