Friboi investe R$ 10 milhões em unidade em Anápolis (GO)

Alcançar os mercados dos Emirados Árabes e o Oriente Médio. Essa é a intenção da Friboi com a reinauguração, em Anápolis (GO), de uma unidade de abatimento bovino da empresa, fechada há dez anos. Serão investidos R$ 10 milhões no frigorífico. A capacidade de abatimento será de mil cabeças de gado por dia e irá empregar 600 pessoas quando estiver em pleno funcionamento. Inauguração está prevista para fim de abril ou início de maio. O frigorífico terá como carro-chefe a dianteira do animal para esses mercados. De acordo com o empresário e presidente do grupo, José Batista Júnior, mais conhecido como Júnior do Friboi, a parte traseira do animal será trazida para a unidade de Goiânia para comercialização, principalmente na Europa. O novo abatedouro está localizado na Vila Fabril, em Anápolis, e foi desativado em 1997 porque, segundo Júnior, a unidade necessitava de muitos investimentos para ficar pronta para produzir à exportação. “Agora, com incentivos fiscais do governo do Estado e o aval do Ministério da Agricultura, fica mais vantajoso para o grupo”, diz. Júnior comenta ainda que, com o encerramento dos trabalhos desse frigorífico, há dez anos, funcionários da linha de produção, principalmente faqueiros que cuidavam da desossa do boi, migraram para a Irlanda atrás de novas oportunidades de trabalho. “Queremos resgatar esse pessoal novamente. São pessoas que deixaram famílias em Anápolis e têm intenção de voltar.” O empresário conta que já fez um levantamento dessas pessoas, mas não sabe ao certo quantas têm intenção de retornar. Negociações – A reforma da unidade começou em outubro do ano passado. Mas, segundo o secretário da Indústria e Comércio, Ridoval Chiareloto, as negociações já vinham há mais de dois anos. “Quem aumenta a credibilidade do Estado são os empresários, por isso nosso governo oferece uma atenção especial a eles.” Segundo Ridoval, a nova unidade do Friboi irá contar com o programa Produzir como incentivo fiscal. O Grupo Friboi é o maior frigorífico da América Latina e está entre os quatro maiores do mundo. Depois da aquisição de cinco fábricas na Argentina, tornando a empresa a primeira multinacional brasileira no setor de carne bovina, a empresa busca criar um elo com o Uruguai. “Serão 250 milhões de cabeças nesses três países”, diz Júnior.