Friboi pode emitir ações para financiar compra da Swift

A JBS-Friboi avalia emitir novas ações para financiar a compra da norte-americana Swift & Co., anunciada em maio por 1,4 bilhão de dólares para criar a maior empresa mundial no setor de carne bovina. ""O aumento do capital social ocorreria mediante a emissão para subscrição privada, pelos acionistas, de cerca de 200 milhões de novas ações ordinárias, em tudo idênticas às atualmente existentes"", afirmou a empresa em fato relevante nesta segunda-feira (04-06). O preço das novas ações seria determinado com base na média das cotações de fechamento dos papéis da JBS nos últimos 30 dias, acrescido de 0,50 real. Pelo cálculo, a operação seria de cerca de 1,63 bilhão de reais. Ainda conforme a empresa, paralelamente à proposta de aumento de capital existe a possibilidade de ""uma ou mais operações de emissão de títulos de dívida pela companhia"", por meio de debêntures simples no mercado local, bônus no exterior ou qualquer outra forma de empréstimo de até 1 bilhão de reais. A diretoria apresentou as alternativas ao Conselho de Administração da JBS, que voltará a se reunir para fazer as escolhas e recomendações finais de financiamento da aquisição da Swift. Em seguida, será convocada assembléia geral extraordinária de acionistas para deliberar sobre o tema. Conforme anúncio no último dia 29, o grupo JBS-Friboi vai pagar 225 milhões de dólares em dinheiro pelas ações da Swift, atualmente nas mãos da HM Capital, e assumirá 1,2 bilhão de dólares em dívidas e despesas relacionadas ao negócio. No final de maio, a agência de classificação de risco Moody""s colocou a nota atribuída à JBS em revisão para possível rebaixamento, enquanto monitorava a exata estrutura financeira da transação. A Standard & Poor""s também informou que acompanharia a operação e colocou o rating ""B+"" da JBS em observação com implicações negativas. A JBS-Friboi estreou na Bolsa de Valores de São Paulo em 29 de março. Na ocasião, os papéis saíram a 8 reais, abaixo da faixa de estimativa de valor, e registraram forte queda. Nesta segunda-feira, por volta das 11h50, as ações exibiam alta de 1,43 por cento, negociadas a 8,52 reais.