Friboi ressalta mercados da Swift e analisa área de suínos
Grupo vai decidir em um período de seis meses a 1 ano se mantém a área de suínos
A JBS-Friboi ressaltou a importância dos canais de distribuição da norte-americana Swift & Co. na Ásia e nos Estados Unidos e vai decidir em um período de seis meses a 1 ano se mantém a área de suínos da empresa comprada nesta terça-feira (29-05) por US$ 1,4 bilhão.
"O que temos visto como importantes são os canais de distribuição hoje da Swift, tanto na Coréia e no Japão como nos Estados Unidos", afirmou o presidente-executivo da empresa, Joesley Mendonça Batista, em conferência a jornalistas e analistas.
Batista disse que a Swift não industrializa carne (processo que envolve cozimento), apenas atua no processamento (desossa, cortes especiais). A JBS atua nas duas áreas e é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de carne bovina industrializada, tendo os Estados Unidos como grande cliente.
Sobre a área de suínos da Swift, operação em que a JBS não atua no momento, Batista afirmou que a empresa vai analisar durante até 1 ano o negócio para decidir se vai manter a divisão. "Nós não trabalhamos com suínos, não é nosso negócio. Na divisão de porcos estaremos mais aprendendo que ensinando. Após seis meses a um ano, estaremos decidindo ampliar, ou vender ou manter", afirmou.
O presidente da empresa brasileira afirmou que a compra da Swift norte-americana não afeta os planos da empresa para o Mercosul e de expansão de unidades no Brasil. "Tenhamos todos em mente que nosso plano de consolidação do Mercosul está mantido em curso. Temos três novas oportunidades na Argentina que estamos olhando", afirmou.
O presidente-executivo da Friboi comentou detalhes do financiamento da operação. Segundo ele, está sendo viabilizada uma conta garantida de US$ 700 milhões, dos quais US$ 400 milhões seriam utilizados imediatamente para pagar os US$ 225 milhões à HM Capital Partners e para abater US$ 175 milhões em dívidas.
Ao mesmo tempo, uma operação de refinanciamento de dívidas da Swift no montante de US$ 1 bilhão está sendo conduzida com bancos norte-americanos. Batista também afirmou que serão realizadas duas emissões de bônus no mercado dos EUA, de US$ 300 milhões cada, com prazo estimado de 10 anos.