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Frigorífico citado por Renan é acusado de fraudar Fisco

Na defesa, o senador apresentou 64 recibos de uma suposta venda de 1.700 cabeças de gado no valor total de R$ 1,9 milhão


Ao apresentar a defesa para neutralizar as acusações de que teria recebido dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar a pensão da jornalista Mônica Veloso, com quem têm uma filha, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), recorreu a uma conhecida fábrica de notas frias. Freqüentemente usado por políticos e empresários de Alagoas, esse esquema, investigado desde 2003, produziu mais de R$ 10 milhões em operações fraudulentas, segundo revelaram técnicos da Secretaria de Fazenda de Alagoas.

A reportagem teve acesso a um vasto material produzido pelos fiscais. Segundo eles, as fraudes eram tão conhecidas que se surpreenderam ao constatar que as empresas GF da Silva Costa e Carnal Carnes Alagoas constavam da prestação de contas de Renan.

As duas empresas, sabidamente de fachada e registradas em nome de laranjas, tinham sido alvo de investigação da Secretaria de Fazenda, durante período de 2003 até março de 2005. É provável que pelo menos os assessores para assuntos fiscais de Renan conhecessem o funcionamento do esquema, observam os técnicos da fiscalização. Na defesa, o senador apresentou 64 recibos de uma suposta venda de 1.700 cabeças de gado no valor total de R$ 1,9 milhão, para justificar despesas com Mônica pagas pelo suposto lobista da Mendes Júnior Cláudio Gontijo. As informações são de O Estado de S.Paulo.

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