O frio intenso que chegou ontem (10-07) ao Alto Uruguai catarinense representa prejuízos para os produtores de suínos e aves. As temperaturas baixas exigem um aumento no consumo de energia para manter aquecidos os leitões nas maternidades e os frangos dentro dos aviários. As perdas também ocorrem quando o produtor não consegue compensar nas instalações o frio da temperatura ambiente. No caso dos leitões, o risco de morte nas primeiras semanas de vida aumenta até 100% em comparação com outras épocas do ano.
A temperatura não ultrapassou os 15º ontem nos 16 municípios do Alto Uruguai. Com isso, os chiqueirões e aviários precisaram manter ligados durante todo o dia os sistemas de aquecimento. No caso dos aviários, as campânulas, equipamentos que fornecem calor, funcionam principalmente a gás. Já nos chiqueirões, o aquecimento dos leitões é proporcionado normalmente por lâmpadas incandescentes de 100Wou 150W.
Segundo o economista Ademir Girotto, da Embrapa Suínos e Aves, os produtores de aves e suínos devem redobrar a atenção com o rebanho durante o inverno. "O cuidado deve existir no sentido de não gastar muito e nem gastar pouco. Quem quer economizar energia e se descuida do ambiente acaba pagando mais caro com o excesso de mortalidade."
As aves e suínos sofrem também com a oscilação de temperatura que ocorre quando não existe um controle adequado do frio e do calor. Uma das medidas para reduzir os gastos durante o inverno é instalar controladores de temperatura dentro dos aviários e chiqueirões. A Embrapa Suínos e Aves descobriu que há um consumo excessivo de energia elétrica no aquecimento de leitões em propriedades que não possuem termostato, equipamento que liga e desliga automaticamente a fonte de calor toda vez que se atinge a temperatura programada.
A economia proporcionada pelo termostato sugerido pela Embrapa, no aquecimento de leitões, é de 43,75% em comparação com os sistemas sem controle automático da temperatura.