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Frio extremo pode impactar trigo nos EUA

São esperados danos entre 10% para a safra de trigo soft e 15% de trigo duro de inverno


Foto: Chris Harper/Agriculture.com

Uma forte onda de frio que assola os Estados Unidos pode prejudicar algumas culturas. O país está há cerca de dois meses do início do plantio da safra de grãos 20/21. No Meio-Oeste norte-americano registrando quem sofre são as lavouras de trigo de inverno que estão em fase de conclusão do desenvolvimento. 

Segundo o portal norte-americano Farm Futures, são esperados danos entre 10% para a safra de trigo soft e 15% de trigo duro de inverno. Tais condições já levam os preços do grão, inclusive, a alcançarem suas máximas em uma semana na Bolsa de Chicago, já que sua demanda é intensa e seus estoques apertados, não só nos Estados Unidos, mas em todo mundo. No boletim diário do Commodity Weather Group, os especialistas apontam para danos em ao menos 30% no trigo vermelho de inverno das Planícies, especialmente no Kansas. 

Segundo o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) entre os dias e de 17 a 22 de fevereiro, o Corn Belt, deve ter máximas entre 22ºC e 27ºC negativos. Entre os dias 19 e 23, as temperaturas seguem ainda muito baixas, negativas, mas um pouco mais amenas. São esperados entre 19ºC e 23º negativos. E as previsões mostram que o clima seguirá gelado, o que pode atrasar o plantio da safra de grãos.

Outra situação que preocupa é a seca no país. No Meio-Oeste, 37,7% da região foi afetada pela falta de chuva. As piores áreas incluem o oeste de Iowa, Minnesota e uma faixa que se estende pelo centro de Illinois e norte de Indiana, analisam os especialistas do Farm Futures. Ao portal norte-americano, o diretor do Centro Climático do Meio-Oeste do USDA, Dennis Todey, explica que "há uma faixa de solos secos que vai do leste do Missouri ao sul do Michigan, mas ainda temos expectativas de um padrão mais ativo antes do plantio da primavera que reduzirá os problemas na região". 

Do mesmo modo, porém, afirma ainda que do oeste de Iowa até as planícies, mais chuvas serão necessárias para superar as condições atuais. "Esperamos obter alguma precipitação nessas áreas antes do plantio. Mas é improvável que os déficits de umidade do solo sejam sanados até lá, então as perspectivas são menos otimistas". 
 

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