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Frutas atingem 54% das exportações do Pecém


O Terminal Portuário do Pecém, líder nacional em exportações de frutas in natura no ano passado, manteve o bom desempenho neste início de 2005. A movimentação global de janeiro alcançou 37.686 toneladas de mercadorias - 30.347 toneladas em exportação, crescimento da ordem de 8% sobre igual intervalo do ano passado, e 7.339 toneladas importadas. Melão, banana, manga e abacaxi, com destino aos mercados dos Estados Unidos e Europa, foram os principais produtos embarcados.

O presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), José Roberto Correia Serra, diz que as frutas representaram 54% do total das remessas ao exterior. Do global de embarques do setor, o melão cor-respondeu a 6.861 toneladas, banana, 4.908 toneladas, manga, 2.286 toneladas e abacaxi, 2.194 toneladas. A castanha de caju continua como um dos principais produtos, com 2.684 toneladas. O desembarque de 1.190 toneladas de algodão, 922 toneladas de produtos alimentícios e de 754 de siderúrgicos puxaram a soma das importações via Pecém, instalado em São Gonçalo do Amarante, a 56 quilômetros de Fortaleza (CE).

Crescimento

No mês passado, 20 embarcações atracaram no terminal, sendo 13 de grande porte, com calado superior a 10 metros, todas do tipo porta-contêiner. A movimentação de contêineres atingiu 6.966 Teus’s (unidade de 20 pés), com 3.667 Teu’s em exportação e 3.299 Teus’s caracterizados por importação, crescimento de 4% sobre igual período do exercício anterior.

Em 2004, o Pecém encerrou com movimentação de 941.843 toneladas, crescimento de 35% sobre o ano anterior, e conquistou ainda o posto de principal saída de pescados do País. No exercício passado, destaque também para retomada das operações de transbordo da Petrobras nas instalações do píer 2, a partir de outubro. Apenas em dezembro, foram importadas 93.562 toneladas de óleo diesel, transferidas de navio de longo curso para 3 embarcações de cabotagem. A movimentação acumulada representou aumento de 105 % com relação ao mesmo período de 2003.

Novo projeto O presidente da Cearáportos, empresa que administra o terminal, caracterizado como privativo de uso misto, acrescenta que a instalação da Usina Siderúrgica do Ceará, (projeto avaliado em US$ 720 milhões) vai exigir reforço na infra-estrutura do Pecém. "O Píer 1 não será suficiente para abrigar as operações com produtos e insumos siderúrgicos e a carga conteinerizada já movimentada", diz. As obras de ampliação envolvem a construção do Terminal de Múltiplo Uso (TMUT), orçado em R$ 400 milhões - recursos divididos em R$ 120 milhões este ano, quando iniciam os trabalhos, R$ 160 milhões em 2006 e os demais R$ 120 milhões em 2007, ano previsto para a conclusão do projeto. O novo terminal irá priorizar o atendimento de parceiras comerciais do estado e as sócias da Cearáportos. Os trabalhos conduzidos pela Secretaria de Infra-Estrutura envolvem 750 metros de cais acostável, com profundidades de 18 metros, e a instalação de uma correia transportadora, ligando o Pecém à área retro-portuária, local da planta siderúrgica.

O Pecém começou a operar em 2002, com infra-estrutura que incluiu o canal de abastecimento d’água para o complexo industrial, a rodovia CE-422, ferrovia de interligação à Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), instalações de força, com subestações e linhas de transmissão, e trabalhos de onshore e offshore. Os investimentos somaram US$ 151 milhões e ganharam reforço de R$ 40,266 milhões, depois do início das atividades.

A soma envolveu a construção de uma câmara frigorífica de 410 m² e capacidade de 1.230 m³, no armazém dois do terminal, estimada em R$ 324 mil, o que possibilitou a manutenção da qualidade dos produtos perecíveis no momento da abertura dos contêineres para da inspeção.

A duplicação do número de tomadas frigoríficas, de 264 para 528, investimento de cerca de R$ 1 milhão, por sua vez, permitiu aumento da capacidade de armazenagem de contêineres frigorificados, possibilitando agora que as mercadorias cheguem em boas condições de consumo ao destino final.

Em operação há menos de três anos, o terminal agrega condições geográficas favoráveis - cerca de sete dias até os principais destinos - alta produtividade das operações e com redução de custo e de tempo de atracação.

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