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Frutas brasileiras serão vendidas em hipermercados do exterior



A Agência de Promoção de Exportações do Brasil (APEX Brasil), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) e o Grupo Carrefour, iniciam, neste mês de julho, ação de promoção comercial em 18 países da Europa, Oriente Médio, Ásia e Américas com o objetivo de ampliar as exportações de frutas do Brasil e diversificar a pauta de comércio exterior, inserindo novos produtos e empresas, bem como novos países de destino.

É o ‘Brazilian Fruit Festival’ que divulgará frutas in natura, além de polpas congeladas e sucos processados. A campanha acontece inicialmente na Bélgica, Polônia e Espanha e, em 2005, será levada a outros 16 países onde o Carrefour atua. Estão previstas ações de marketing, exposição e venda de produtos que estarão dispostos em locais nobres das lojas e destacados nos tablóides dos hipermercados e em outdoors.

A partir de agosto, frutas e sucos poderão ser degustados nas unidades do Carrefour e demonstrados por vendedores brasileiros, recrutados localmente. Atividades de relações públicas estão previstas com a intenção de que o projeto seja também conhecido pelos formadores de opinião.

O Grupo Carrefour atende, hoje, cerca de dois bilhões de clientes. Sua bandeira está em mais de 9 mil lojas, espalhadas em 26 países – é a maior rede de varejo do mundo. "Vamos aproveitar nossa condição de rede mundial para dar oportunidade para bons produtores brasileiros mostrarem lá fora o sabor especial das frutas e sucos produzidos por aqui", afirma o diretor de agronegócios do Carrefour, Arnaldo Eijsink,

"Antes, o apoio dividia-se entre participação em feiras internacionais, cursos e produção de material promocional. Agora, as frutas chegarão nas gôndolas do varejo, direto para os consumidores. Será uma grande oportunidade de evidenciar a nossa qualidade", observa o presidente do IBRAF, Moacyr Saraiva.

O ‘Brazilian Fruit Festival’ terá a participação de cerca de 60 produtores de frutas como manga, mamão papaia, melão, uva de mesa, maçã, limão taiti, banana prata e abacaxi branco. A expectativa do presidente da APEX-Brasil, Juan Quirós, é que este número aumente significativamente ao longo da execução do programa, podendo chegar a mais de 100 empresas e várias centenas de fornecedores de frutas envolvidos. A seleção dos participantes está sendo feita pelo Carrefour, que chamou fornecedores de frutas – especialmente do Programa Garantia de Origem, e pelo IBRAF, por meio do Projeto Setorial Integrado que desenvolve com a APEX-Brasil.

Eijsink estima que os produtores credenciados no programa exportarão nos próximos dois anos o equivalente a US$ 10 milhões para as lojas do grupo. O volume é superior à exportação de frutas do Carrefour feitas em 2003, de US$ 9 milhões.

As ações do ‘Brazilian Fruit Festival’ dão continuidade ao apoio da APEX-Brasil ao setor que envolve, sobretudo, ações de mobilização e capacitação dos produtores de frutas para exportação, o desenvolvimento da Marca Setorial do Projeto – “Brazilian Fruit” – e a participação em eventos no exterior.

Ações estratégicas

Ações diretas ao consumidor têm sido importantes e efetivas na promoção comercial. Assim como o projeto "Brazil 40 Graus" na Inglaterra, e o ‘Brésil Festival’ na França, a APEX-Brasil apóia mais uma atividade comercial voltada diretamente ao consumidor, divulgando a Marca Brazil. "Pretendemos cada vez mais trabalhar na divulgação da qualidade dos nossos produtos, estabelecendo estratégias de promoção comercial que ajudem setores como o de frutas a se manterem superavitários", explica Juan Quirós, presidente da APEX-Brasil.

A balança comercial de frutas frescas fechou 2003 com um saldo de US$ 267 milhões (US$ 335 milhões de exportações e US$ 68 milhões de importações), 39% a mais que em 2002. O incremento aconteceu, basicamente, devido a significativos aumentos nas exportações de uva (77%), limão (71%), abacaxi (59%), melão (54%), manga (44%) e mamão (35%).

De janeiro a junho de 2004, o aumento das vendas externas bateu em 23% o mesmo período de 2003. Até o final de 2004, a meta de exportação do projeto é de US$ 357,2 milhões.

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