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Fruticultura produz cerca de 170 mil t e aquece mercado tocantinense

Destacam-se o abacaxi, a melancia e a banana


Em 24 anos de existência, o Tocantins vem sendo movido pela força de sua produção rural. No setor da fruticultura, o Estado se destaca pela qualidade em suas lavouras e na exportação de seus produtos. Em 2011, o Tocantins produziu 176.232 toneladas de frutas, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dentre as principais culturas frutíferas do Tocantins, destacam-se o abacaxi, que vem registrando aumento na produtividade; a melancia, que apresentou uma alta produção em 2012, e a banana que tem um mercado em processo de expansão.


Dentro do contexto de desenvolvimento sustentável, a Seagro - Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário - vem fomentando o PIF - Programa de Produção Integrada de Frutas, que estimula a produção integrada às práticas de manejo sustentável da fruticultura. Segundo o coordenador de Desenvolvimento Vegetal da Seagro, José Américo Vasconcelos, os projetos de irrigação como o São João e o Manoel Alves, também vêm potencializando a produção de frutas no Tocantins.

Com todos os apoios e parcerias públicas e privadas, os agricultores produzem frutas com maior qualidade, de forma econômica e respeitando a sua saúde e a do consumidor, através da minimização do uso de agroquímicos e da integração de práticas de manejo do solo e da planta. De acordo com o produtor de banana da cidade de Miracema, Marcos Vinícius Pereira Costa, sua produção neste ano aumentou. “Melhorou em quantidade de frutos e na qualidade também”, completou.

Relevância

Neste sentido, o secretário executivo da Seagro, Ruiter Padua, destacou a importância da produção de frutas como o abacaxi e a melancia para o desenvolvimento econômico do Tocantins nos últimos anos. “Com o apoio da produção integrada, o abacaxi produzido pelo Tocantins, hoje, é considerado o melhor do Brasil. Além disso, a produção de melancia na região das várzeas desenvolve um excelente papel no setor produtivo do Estado e na geração de emprego e renda”, salientou.

Abacaxi

Com uma produção de 54 milhões de abacaxis por ano, o Tocantins é pioneiro e modelo no PIF na cultura do abacaxi, segundo o coordenador de Desenvolvimento Vegetal da Seagro. Os bons resultados do programa no Tocantins vêm norteando, inclusive, a produção em outros estados, como o Pará. “Iniciamos o programa em 2004, com a adesão de apenas um produtor, atualmente são quase 90 propriedades, distribuídas em 11 municípios, a maioria na região Central. O resultado é excelente e hoje o Tocantins é referência do PIF abacaxi para todo Brasil”, pontuou José Américo Vasconcelos.

Segundo Vasconcelos, com as recentes exigências de mercado, o Estado precisou adequar sua produção para o novo modelo de consumidor. “Produzimos frutas de grande aceitação no mercado, que hoje é mais exigente, faz questão de qualidade e uma produção sustentável, que exige do agricultor uma capacidade de produzir sem agredir o meio ambiente e a saúde do consumidor, por isso orientamos o produtor para aderir ao programa”, ressaltou.

O abacaxi, pelo preço mais atrativo, acaba gerando maior receita ao produtor tocantinense entre as produções frutícolas. De acordo com dados do IBGE, o preço médio do abacaxi é de R$ 995,04, por tonelada, seguido pela banana que rende R$ 756,25, por tonelada e pela melancia, cuja tonelada rende R$ 430,83 ao produtor.


Melancia

Resultado de ação de incentivo do Governo do Estado, a cultura de melancia vem ganhando espaço entre as lavouras tocantinenses, conforme explicou o secretário executivo da Seagro, Ruiter Padua, com objetivo de melhorar a renda dos produtores rurais da região das várzeas e aproveitar a janela de entressafra. “Hoje, em volume, a melancia é responsável pela maior produção de frutas do Estado (92 mil toneladas), seguida do abacaxi (39 mil toneladas em 2011) e da banana (28 mil toneladas em 2011)”, contou.

De acordo com o diretor de Sustentabilidade no Agronegócio da Seagro, Corombert Leão de Oliveira, a produção nas várzeas tocantinenses vem se mostrando lucrativa para os produtores pela rápida absorção pelo mercado. “Tudo que é produzido na região tem mercado certo porque o Brasil vive a entressafra da melancia, quando os produtores ficam impedidos de plantar para evitar a proliferação de doenças e pragas na cultura”, explicou, acrescentando que o Tocantins abastece estados como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro.

No Tocantins, a produção é favorecida na região de várzeas devido ao sistema de subirrigação, que dificulta o aparecimento de doenças, além disso, o Estado tem alta luminosidade e temperatura dispensando o uso de defensivos. Esses fatores reduzem os custos com a produção de melancia e ainda garantem uma terceira renda aos produtores. “Regularmente a região produz arroz, melancia e depois soja, ou feijão, milho ou outra cultura. Essa rotatividade também garante maior manutenção da qualidade do solo em relação a outras regiões produtoras”, disse Oliveira.

Banana

A banana entrou no rol de produção formal e continuada, no Tocantins, conforme sua inserção no Programa de Produção Integrada de Frutas. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Vegetal da Seagro, José Américo Vasconcelos, a fruta era colhida de maneira extrativista, sem um plantio tecnificado. Com o intuito de fomentar a produção de banana de qualidade no Tocantins, o Governo, desde 2006 promove a distribuição de mudas de bananeiras para produtores familiares interessados em um mercado interno ainda em crescimento.

Com a aplicação de novas técnicas de manejo e pelo avanço na tecnologia de cultivo e colheita da banana, a produtividade no campo aumentou. Mesmo com uma produção bruta menor, o produtor rural vem conseguindo aproveitar melhor sua área de plantio. Atualmente, o produtor consegue otimizar o espaço em sua propriedade e aproveitar melhor a área a ser plantada. Para se ter uma ideia, em 1992 o Tocantins registrava um produtividade de 6.043 kg por hectare. Em 2011, este número já subiu para mais de 30 mil kg de banana por hectare plantado. “Isto se deu em função da melhoria do nível de tecnologia. Você aumentou a produtividade e o custo-benefício tem sido satisfatório para o produtor”, completou Vasconcelos.

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