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Furlan vai defender na Rússia fim de barreiras ao frango brasileiro


Na primeira missão comercial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, vai negociar com a Rússia a retirada das cotas para importação de frango brasileiro. Desde 1º de maio, o Brasil está sujeito a um limite de exportações de frango para esse país que pode causar, este ano, um prejuízo de US$ 130 milhões, segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef).

O ministro Furlan, durante sua visita à Rússia entre 19 e 21 de maio, vai se encontrar com autoridades do país e propor uma troca: o Brasil revê o processo de antidumping que abriu contra os produtores russos do fertilizante nitrato de amônio e a Rússia reavalia as cotas para o frango brasileiro.

Desde novembro do ano passado, o nitrato de amônio, um dos principais produtos que a Rússia exporta para o Brasil, tem uma tarifa de 32,1% para entrar no País. "Estaríamos em condições de rever alguns processos antidumping que foram aplicados a produtos russos, o que espero criaria um cabedal de boa vontade do lado russo para reexaminar temas de interesse do Brasil", disse Furlan ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo Cláudio Martins, diretor-executivo da Abef que vai acompanhar Furlan na missão, o governo brasileiro tem ainda duas cartas na manga para negociar as cotas do frango. Entrarão como contrapartidas para a abertura do mercado russo o voto brasileiro apoiando a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC) e as importações brasileiras de trigo, que passariam a vir também da Rússia, e não apenas de países como a Argentina.

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