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Futuro ministro do Meio Ambiente é condenado pela Justiça de São Paulo

Salles é acusado pelo Ministério Público de fraudar processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê


A Justiça de São Paulo condenou o futuro ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles, ex-secretário estadual de São Paulo pelo crime de improbidade administrativa. A sentença foi proferida nessa quarta-feira (19.12) pela 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. 

Salles é acusado pelo Ministério Público de fraudar processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, em 2016, quando estava à frente da pasta do Meio Ambiente do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Os réus teriam modificado mapas elaborados pela Universidade de São Paulo, alterado minuta do decreto do plano de manejo e promovido perseguição a funcionários da Fundação Florestal, com o propósito de beneficiar setores empresariais, em especial empresas de mineração e filiadas à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

A sentença impôs a Ricardo Salles a suspensão dos direitos políticos por três anos; pagamento de multa civil em valor equivalente a dez vezes a remuneração mensal recebida no cargo de secretário; e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Além do futuro ministro, a Fiesp também foi condenada a pagar multa no mesmo valor e não poderá contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente. Os réus ainda podem recorrer da sentença.
 

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