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Gás vai gerar fábrica de fertilizantes em Moçambique

Moçambique poderá produzir fertilizantes com recurso a gás natural a partir de meados de 2014


Moçambique poderá produzir fertilizantes com recurso a gás natural a partir de meados de 2014 ou princípios de 2015, numa iniciativa do Ministério da Agricultura em parceria com alguns países da região austral de África interessados no projecto.

Para o efeito, prevê-se que a indústria de produção deste tipo de adubo seja instalada na província meridional de Inhambane por esta possuir um forte potencial daquele tipo de hidrocarboneto.

O fato foi anunciado recentemente pelo diretor nacional dos Serviços Agrários, Mahomed Valá, numa entrevista concedida ao “Noticias” à margem da VI reunião do seu setor, que decorreu há dias no Município da Vila de Gorongosa.

Mahomed Valá disse ser uma das apostas do seu setor aproveitar no máximo as potencialidades existentes no país para garantir a melhoria da produção e produtividade agrícolas.

Para isso, no que diz respeito ao Programa Nacional de Fertilizantes, ele afirmou que os Serviços Agrários prevêm, entre outras coisas, explorar o gás natural disponível no país, começando por Inhambane.

Ele admitiu que, a breve trecho, a iniciativa poderá ser alargada, tendo em conta que estudos recentes asseguram que há jazigos enormes deste hidrocarboneto na Bacia do Rovuma, no norte do país.

“Queremos colocar o fertilizante a mercê do produtor para que seja menos oneroso. Para isso, precisamos de uma indústria de fertilizantes no país. E isso vai acontecer. Entre 2014 e 2015 Moçambique passará a contar com uma fábrica de género e vamos produzir o adubo a partir do gás disponível” – referiu.


Além da garantir o seu fornecimento no país, Valá disse que o adubo será comercializado nos países vizinhos, sobretudo aqueles localizados no “hinterland”, com poucos solos férteis.

“O projeto será concretizado porque há muitos países da região interessados na iniciativa. Dentro de pouco tempo o mesmo será entregue ao Conselho de Ministros para que o Governo no seu todo se familiarize com ele. Temos a certeza que há condições para que o projecto seja dinamizado”- assegurou, sem, no entanto, avançar valores para a concretização da iniciativa.

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