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Genes do sorgo potencializam tolerância ao alumínio

“O estudo, no fim, compõe um sistema de informação genética"


Um estudo realizado por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) identificou uma série de genes do sorgo que potencializam a sua tolerância ao alumínio. A descoberta brasileira foi contada em um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA (PNAS), da Academia de Ciências dos Estados Unidos da América. 

De acordo com o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (MG) Jurandir Vieira de Magalhães, os dois genes isolados podem atuar como um sensor, sendo que a sua expressão é aumentada na presença do alumínio. “Acreditamos que isso seja resultado de um mecanismo evolutivo, para evitar a perda de energia, na forma de carbono orgânico, quando não há estresses de alumínio”, comenta. 

Segundo Magalhães, a tolerância ao alumínio está intimamente ligada com a capacidade da planta de resistir também à seca, isso porque as raízes não se aprofundam no solo quando são danificadas pelo alumínio. “Na Embrapa, inclusive, foi pela identificação de cultivares mais tolerantes à seca que, há mais de 20 anos, os primeiros materiais tolerantes ao alumínio foram identificados pelos pesquisadores Robert Schaffert, no melhoramento de sorgo, e Elton Gama e Ricardo Magnavacca, no melhoramento de milho”, indica. 

“O estudo, no fim, compõe um sistema de informação genética. Agora, com o conhecimento desses genes, fazendo novos ensaios moleculares, podemos indicar ao melhorista, com maior precisão, quais os cruzamentos devem ser feitos para o desenvolvimento de cultivares de sorgo tolerantes ao alumínio para cultivo em solos ácidos”, conclui.

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