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Goiânia sedia congresso de engenharia agrícola


De 28 de julho a 01 de agosto, no Centro de Convenções de Goiânia (GO), será realizado o 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola. O evento irá reunir estudantes e profissionais de ciências agrárias, além de empresários do setor agropecuário. Dois temas são destaque no encontro deste ano: a rastreabilidade na produção de alimentos e o mercado de carbono e da água. Os interessados podem obter mais informações sobre o congresso pelo telefone (62) 241-3939. A iniciativa é uma promoção da Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG) e Embrapa Arroz e Feijão, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A rastreabilidade na produção de alimentos será abordada pelos palestrantes Edwirges Michellon, da Caramuru Alimentos, e Iran José de Oliveira, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz Alves de Queiroz (Esalq/USP). Esse tema ficou em evidência a partir do "mal da vaca louca" e das exigências sanitárias impostas por países que compram alimentos do Brasil. Um exemplo mais recente é a lei do Bioterrorismo, que está em fase de regulamentação pelo governo dos Estados Unidos. Sua implementação deverá influenciar na importação de produtos brasileiros.

A exposição acerca desse assunto envolve a discussão sobre os vários sistemas de certificação de origem e de qualidade; compartilhamento de regras e de procedimentos que permitam padronizar a produção e a diferenciação de produtos e de preços, entre outros aspectos. Atualmente, alguns setores da fruticultura nacional iniciaram projetos de rastreabilidade e a produção de carne possui o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).

O mercado de carbono e da água são temas da palestra do pesquisador Aderaldo de Souza Silva, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP). Ambos introduzem a questão das commodities ambientais. O mercado de carbono, por exemplo, está associado à criação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), presente no Protocolo de Quioto. A idéia do MDL consiste em que cada tonelada de gás carbônico não desprendida na atmosfera por países em desenvolvimento possa ser negociada no mercado mundial por meio de certificados de redução de emissões de gases. Já os países desenvolvidos compensariam a poluição do ar, financiando projetos de seqüestro de carbono. Ou seja, custeando o plantio de árvores para absorver o gás carbônico, decorrente das atividades industriais.

O mercado da água é uma outra questão de bastante impacto para o Brasil. O país possui uma das maiores reservas de água doce do mundo e figura como um dos principais fornecedores do produto em caso de escassez. Segundo alerta da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 2,7 bilhões de pessoas em todo mundo enfrentarão a falta d´água em 2025, caso as populações continuem a tratar esse recurso natural como um bem inesgotável.

O 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola contará ainda com mais de 600 trabalhos a serem apresentados oralmente ou na forma de pôsters, abrangendo áreas como agronomia, engenharia florestal, cartografia, mecanização e meteorologia. Estão previstas também duas reuniões com representantes da Comissão Internacional de Engenharia Agrícola (CIGR).

Serviço: Evento: 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola

Data: 28 de julho a 01 de agosto de 2003

Local: Centro de Convenções de Goiânia

Informações: (62) 241-3939 ou www.sbea.org.br

Apoio: Conselhos Federal e Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Agência Rural, Funape, Secretarias de Ciência e Tecnologia e de Agricultura do Estado de Goiás, Sebrae/GO, Banco do Brasil e CNPq.

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