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Goiás é referência no País em defesa sanitária animal

A primeira etapa anual da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa começou nesta quarta-feira


A primeira etapa anual da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa começou nesta quarta-feira, dia 1º, e prossegue até o dia 31 deste mês. Todos os bovinos e bubalinos do Estado, cerca de 22 milhões de animais, devem ser imunizados, sem exceção. A campanha será aberta oficialmente no próximo sábado, dia 4, na Fazenda Maktub, em Vianópolis, a 96 km de Goiânia. A propriedade pertence ao produtor rural José Manoel Caixeta, que cria gado de corte há 70 anos nos municípios de Vianópolis e Silvânia.


Segundo o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Antenor Nogueira, a expectativa para esta etapa é a mesma de sempre, a cobertura vacinal de 100% dos animais. Em maio do ano passado foi alcançada cobertura vacinal de 99,63%. “A minha meta sempre foi 100%, e já chegamos muito perto disso. Dos 246 municípios goianos, nós atingimos 100% em mais de 100 municípios. A cada etapa os resultados têm se mostrado melhores, prova do comprometimento do pecuarista com a sanidade do rebanho e com a economia do nosso Estado”, destaca Antenor.

Estado livre da Febre Aftosa sem vacinação

O presidente da Agrodefesa disse que Goiás persegue o título de Estado livre da Febre Aftosa sem vacinação. “Essa é outra meta do Estado de Goiás, que está desde 1995 sem nenhum foco de febre aftosa. Nos últimos dois anos, temos cumprido todas as metas do Ministério da Agricultura e a OIE em relação à sorologia e também a atividade rural da aftosa em Goiás, que é nula. Os índices de vacinação em Goiás são recordes no Brasil. Nós temos certeza absoluta que o caminho está traçado. Basta agora a discussão do governo com a indústria e com os criadores para analisar as perdas e os ganhos para que Goiás se torne livre da aftosa sem a vacinação”, explica.

No mês passado foi realizada audiência pública no Congresso Nacional, envolvendo representantes do setor agropecuário, industriais, deputados federais e senadores para discutir os avanços da defesa sanitária no Brasil. “A Agrodefesa foi citada como modelo de defesa sanitária no País pelo Ministério da Agricultura e referência para os demais estados brasileiros”, destaca Nogueira.

Investimentos em tecnologia


Sobre os investimentos em tecnologia, Antenor Nogueira diz que “com o avanço que temos hoje na área de informática, é quase impossível que tenhamos alguma propriedade rural que não esteja cadastrada junto à Agrodefesa. No passado nós encontramos em torno de 23 mil propriedades, num universo de 127 mil, sem cadastro. Algumas propriedades rurais, que passaram a ser área urbana, estavam cadastradas de forma errada. Em maio nós vamos limpar esse cadastro e retirar boa parte dessas propriedades”.


2ª etapa da vacinação

Na segunda etapa de vacinação contra a Febre Aftosa são vacinados os animais com até 24 meses de idade. A Agrodefesa encaminhou pedido ao Ministério da Agricultura para que na próxima etapa da vacinação, em novembro, sejam imunizados os animais de até 12 meses. “Isso é importante porque poderíamos reduzir em R$ 6 milhões ao ano os gastos diretos dos produtores”, salienta Antenor Nogueira. O Ministério Público deve dar um parecer sobre o pedido da Agrodefesa nos próximos dias.

Multa
Goiás espera alcançar em poucos anos o status de zona livre da doença sem vacinação. Quem não vacinar o rebanho, paga multa de R$ 7,00 por cabeça e R$ 60,00, se deixar de entregar a Declaração de Vacinação dentro do prazo, que é de até cinco dias após o término da campanha. Em caso de reincidência, o produtor rural paga o dobro do valor. Por meio do cadastro das propriedades em sistema informatizado, a Agrodefesa tem o controle das propriedades que estão adimplentes ou inadimplentes. O último caso de febre aftosa registrado em Goiás ocorreu em 1995.

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