Governador diz que iniciará plano de demissão voluntária na Empaer
Medida visa reduzir custosO governador Mauro Mendes (DEM) disse que no começo de 2020 deve iniciar um programa de demissão voluntária na Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) nos mesmos moldes já desenvolvidos na Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI). A intenção é enxugar os gastos da empresa e verificar se há viabilidade em mantê-la. Se não houver, o governador fala em fechá-la, assim como outras empresas públicas ou de economia mista que são deficitárias e que já têm, inclusive, autorização da Assembleia Legislativa para o encerramento.
“Nós faremos o mesmo processo [feito na MTU] na Empaer para que nós possamos ter uma empresa mais eficiente, que custe menos e que produza mais. E eu tenho sido muito claro com todas essas empresas: nós já temos uma autorização legislativa para fazer essa extinção e, na própria autorização, nos foi solicitado que fosse dada uma oportunidade, que construíssemos a viabilidade dessas empresas. Então, estamos dando essa oportunidade num tempo até maior do que gostaríamos. Nós vamos agora, no inicio de 2020, fazer uma análise criteriosa e prosseguir nesse plano de extinção se comprovada a não viabilidade de outras empresas”, explicou Mauro Mendes.
Além da Empaer da MTI, estão na mira do governo a agência de fomento Desenvolve MT e a companhia de mineração Metamat. A Central de Abastecimento (Ceasa) e a Agência de Desenvolvimento Metropolitano (Agem) foram esvaziadas e estão praticamente extintas, faltando apenas a demorada burocracia.
“Na prática nós já fizemos a extinção do Ceasa e da Agem, mas a extinção de uma empresa publica segue uma burocracia tremenda. Para dar um exemplo, a Sanemat foi extinta há mais de 20 anos e até hoje temos uma diretoria, temos passivos, multas previdenciárias que nós temos que gerenciar”, completou o governador.
A autorização da Assembleia para a extinção de empresas foi concedida em fevereiro junto com o pacote de medidas encaminhado por Mauro Mendes ao parlamento e que constava a reforma administrativa excluindo sete secretarias. À época, o governador falava em fechar seis empresas públicas.