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Governo argentino restringe importação de agroquímicos

Indústria nacional reclamou da invasão chinesa


O governo argentino determinou que a importação de diversos agroquímicos não terá mais “licença automática”. Os defensivos e demais insumos adquiridos no exterior deverão ser submetidos à aprovação do Senasa (Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar), que terá 60 dias para realizar uma avaliação técnica do produto.

A decisão foi tomada, em grande parte, para atender o lobby da indústria química nacional, que reclamou do grande aumento nos desembarques de produtos formulados – especialmente os chineses, que representam 80% dessa importação. Os argentinos também questionam o padrão de qualidade da mercadoria que está entrando no país vizinho.

A resolução 301 da Secretaria de Comércio, publicada este mês no Diário Oficial inclui também produtos de outros setores, além de algumas matérias primas para a formulação e produtos comerciais. Entre estes se encontram o glifosato, o paraquat e o 2,4 D, entre outros herbicidas e fungicidas.

“Isso não significa que não se poderá importar. Os que o fazem de maneira adequada e cumprem os padrões de qualidade e normas técnicas não terão dificuldades”, disse o presidente da Ciafa (Câmara da Indústria Argentina de Fertilizantes e Agroquímicos). De acordo com a indústria, os produtos que não terão licença automática representam 30% do mercado de agroquímicos argentino, que faturou US$ 2.457 bilhões em 2015.

A importação de produtos formulados deve saltar dos US$ 600 milhões registrados no ano passado para cerca de US$ 750 milhões em 2016. Esse crescimento de 25% não se daria por aumento da área cultivada, e sim pela liberação das compras externas, que eram extremamente restritas no governo anterior.

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