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GOVERNO ESCLARECE SOJICULTORES SOBRE PROIBIÇÃO DE TRANSGÊNICOS


Fórum promovido pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária reuniu 300 produtores e alertou para possíveis perdas de mercado dos produtos paranaenses com o cultivo de grãos geneticamente modificados

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Deni Schwartz, abriu em Ponta Grossa, o primeiro fórum promovido pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) para orientar os produtores de soja sobre o próximo plantio de soja. À tarde, aconteceu a segunda reunião, em Francisco Beltrão, Sudoeste do Paraná.

O objetivo dos fóruns é esclarecer os produtores sobre a atual legislação, que proíbe o cultivo de transgênicos, e mostrar como ficaria o mercado paranaense caso o cultivo de produtos geneticamente modificados seja liberado no Brasil. Cerca de 300 produtores participaram do primeiro encontro.

No Paraná, 65% das exportações são ligadas ao agronegócio e o setor responde por 14% do PIB do Estado. “Caso seja liberado no Brasil, o plantio de produtos geneticamente modificados no Paraná deve ser visto com cautela. Além da cadeia da soja, a mudança das culturas afeta também as cadeias de suínos, frangos e bovinos, que se alimentam de ração à base de soja”, explicou Deni.

Para o presidente da Federação da Agricultura (Faep), Ágide Meneguette, o Brasil responde hoje por 50% do mercado europeu de soja, os outros 50% ficam com Estados Unidos e Argentina. Segundo ele, o Brasil está dominando o mercado de derivados nobres como a lecitina de soja graças ao cultivo da soja convencional.

“Os produtores devem ficar atentos para plantar somente o que o mercado exige. É necessário que se faça uma consulta aos compradores antes de decidir sobre o plantio de soja convencional ou transgênica”, alerta Meneguette. Para ele, o plantio único de soja convencional no Paraná pode fortalecer as exportações e funcionar como um atrativo para a instalação de indústrias do setor no Estado.

Os produtores que permanecerem com dúvidas mesmo depois dos fóruns devem procurar os núcleos regionais da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, escritórios da Emater e departamentos técnicos das cooperativas. “O importante é o agricultor estar seguro de que irá adquirir exclusivamente sementes de origem conhecida”, destaca o secretário executivo do Conesa, Silmar Bürer.

Nesta Quinta-feira, acontecem debates em Cascavel, 9 horas às 11h30, no auditório da Unioeste, e em Maringá, das 14h30 às 17 horas-, na Sociedade Rural (Parque de Exposições).

Fonte: AENOTÍCIAS

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