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Governo revisa acordo trabalhista para a Expointer/RS

Secretário alega que seca prejudicou maiores investimentos no parque


O governo estadual recuou no acordo feito com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e admitiu que não executará parte dos projetos de melhoria para a estada de peões na Expointer. O principal retrocesso está na construção de alojamentos. Conforme o secretário da Agricultura, João Carlos Machado, a estiagem prejudicou os investimentos, que serão de R$ 4,5 milhões. Para socorrer os agricultores nos municípios em situação de emergência, a secretaria gastou R$ 20 milhões. Machado se adiantou e apresentou alternativas para contornar o problema, que se arrasta desde a edição passada. "Eu acho que ficou tudo encaminhado", especula Machado.

Os argumentos do secretário convenceram a procuradora do Trabalho, Márcia de Freitas Medeiros. Ela, contudo, fez exigências para melhorar as condições de permanência no parque Assis Brasil, em Esteio, reduzindo o improviso de 2008. "Temos de agir com razoabilidade, mas situações precárias não serão admitidas desta vez", frisou Márcia.

Nesta semana, técnicos do MPT analisarão a proposta do Estado de montar um dormitório provisório com capacidade para 350 trabalhadores perto da avenida Celina Kroeff. E, até 7 de julho, quando deve ocorrer audiência pública com associações e organizadores da Expointer, o Estado tem de apresentar as melhorias que serão feitas na Pista C, onde dormirão tratadores de ovinos, e o projeto da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) de estruturação de um camping para 200 trabalhadores no parque. O presidente da ABCCC, Roberto Davis, disse que o projeto já está pronto e deve começar tão logo haja autorização.

O QUE SAIU E O QUE NÃO SAIU DO PAPEL PARA 2009

Central de Reciclagem: Será feita pelo Estado. A intenção é eliminar a ação de catadores de latinhas no parque, em sua maioria, menores de idade.

Banheiros: A construção de dois conjuntos, um exclusivo para os peões, evitará a espera dos trabalhadores na fila dos sanitários do público em geral.

Baias: 300 novas estruturas serão erguidas pelo Estado, mas sem os mezaninos que seriam usados como dormitório, adicional que encareceu o projeto.

Camping: Apesar da promessa de ampliação de 60% na estrutura disponível no parque para trailers e caminhões, não houve recursos suficientes para as obras.

Pavilhão de Ovinos: O Estado cedeu a área, mas a iniciativa privada encontra dificuldades em tomar financiamento para construção, que prevê mezanino para os peões.

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