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Governo suspende medicação de pacientes com suspeita de gripe suína

Governo suspende medicação de pacientes com suspeita de gripe suína


O Ministério da Saúde decidiu suspender neste sábado(27) a medicação dos pacientes suspeitos de infecção pela gripe A (H1N1) – conhecida popularmente como gripe suína – após verificar que 800 pacientes em observação usaram o medicamento sem terem tido a doença confirmada. O argumento do governo é que o uso desnecessário do remédio poderia provocar uma resistência do vírus ao tratamento.

Até sexta-feira, todos os casos suspeitos notificados até 48 horas após os primeiros sintomas recebiam o medicamento fosfato de oseltamivir – já usado no combate a gripe aviária. O medicamento atua como inibidor da neurominidase, responsável por separar o vírus influenza da célula para que ele possa infectar outras células no organismo.

A partir deste sábado, receberão o medicamento as pessoas que apresentarem um agravamento do seu estado de saúde nas primeiras 48 horas desde a apresentação dos sintomas iniciais e pessoas que têm maior risco de apresentar quadro clínico grave.

Estão incluídas neste grupo: crianças menores de dois anos de idade; idosos (acima de 60 anos); gestantes; pessoas com imunodepressão (por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica.

Medicação

O Ministério da Saúde informou ainda que todos os casos confirmados de gripe suína terão direito a atendimento e que todos os pacientes terão à disposição internação em um dos 800 leitos reservados para isso na rede pública, em 53 hospitais de referência. Caso o número de infectados aumente, o número de leitos será ampliado.

Em nota, o governo afirma possui um estoque "estratégico" para o tratamento de casos da gripe A e que para uso imediato, há cerca de 10 mil tratamentos que serão enviados aos Estados de acordo com a necessidade. O Ministério da Saúde afirma ainda possuir, em cada Estado, 9 milhões de tratamentos prontos para serem distribuídos.

Recomendações

Em casos de confirmação de infecção em escolas, creches e ambientes de trabalho, o governo recomenda o sigilo da identidade dos doentes e a suspensão temporária das atividades. A duração da interrupção das atividades deve considerar o período de transmissão da doença (de até sete dias, para adultos; e 14 dias, para crianças) e a utilização de máscaras deve ser feita somente em ambientes hospitalares.

As viagens para os países com transmissão sustentada da doença - Estados Unidos, México, Canadá, Austrália, Chile, Argentina e Reino Unido - devem ser evitadas, mas o governo afirma não haver proibição nem restrição de trânsito de pessoas entre o Brasil e esses países. A recomendação é uma medida adicional de prevenção, tendo como base critérios epidemiológicos e o aumento, com a proximidade das férias de inverno, da circulação de turistas brasileiros em países com transmissão sustentada da doença.

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