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Grão sustentará crescimento de carnes na década

Aumento na produção exigirá evolução paralela entre segmentos


Aumento na produção exigirá evolução paralela entre segmentos

Crescimento na produção brasileira de grãos na próxima década - em termos percentuais acima de 20% para atender a demanda mundial por alimentos - dará suporte para impulsionar também a cadeia da carne. Com a oferta maior será possível disponibilizar mais matéria-prima para a fabricação de alimentos voltados aos bovinos, suínos e aves. Isto porque na maior parte das vezes as commodities servem como item básico para a fabricação de rações como as consumidas por aves e suínos.

Para os especialistas, um segmento deve crescer simultaneamente ao outro. Em Cuiabá (MT), onde participou do  Congresso Brasileiro da Soja, o secretário de Desenvolvimento Agropecuário do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Erikson Chandora, destacou que o equilíbrio deve marcar o crescimento das cadeias.

A projeção do Mapa mostra que até o ano de 2022 a produção dos gêneros deve somar mais de 185.606 milhões de toneladas, ou 21,1% a mais que o atual, na ordem de 153.269 milhões de toneladas.

Segundo a estimativa do governo, a produção de soja deve evoluir 25,1% na década, de milho 18,1%, trigo 22,1%, arroz 15,4% e o feijão 12,8%.

Ao mesmo tempo, em dez anos a produção de frango deve expandir 56%. Passar de 13 milhões de toneladas para 20 milhões de toneladas. De bovinos, 32,3% ou de 8,9 milhões de toneladas para 11,8 milhões de toneladas. Quando avaliado de maneira geral, o complexo carne deve crescer 43,2% e até o ano de 2022 e chegar a casa de 38,2 milhões de toneladas.

"A produção de alimentos depende da produção de grãos", cita Erikson Chandora.

Para o pesquisador Décio Gazzoni, da Embrapa Soja, a expansão dos grãos deverá ser aproveitada principalmente pelas aves e suínos. Uma das únicas exceções é a bovinocultura, uma vez que no Brasil a maior parcela dos animais ainda é criada em pastos.

"Grande parte do crescimento de milho e soja se deve ao aumento da demanda por carnes. Uma cadeia depende da outra. Para crescer em carnes será preciso crescer grãos, com exceção do boi. O restante existe uma relação linear de 60% a 65% usado para rações animais", expressou.

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