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Grãos batem limite de alta com fundos

O movimento, disparado pelo efeito do relatório do Usda, fez as cotações da soja fecharem em alta de 5,7%, com contratos para setembro a US$ 12,7750


Depois de venderem fortemente suas posições no mercado de commodities agrícolas, sobretudo nos grãos, os fundos voltaram a recomprar contratos e fizeram soja, milho e trigo fecharem em limite de alta na Bolsa de Chicago (CBOT). O movimento, disparado pelo efeito do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), fez as cotações da soja fecharem em alta de 5,7% como contrato setembro encerrando em US$ 12,7750, elevação de 70 pontos (70 centavos de dólar).


"Os fundos estavam em condições técnicas muito vendidas e entraram nesta semana comprando outra vez", explica Gonzalo Terracini, consultor de gerenciamento de risco da FCStone. Mesmo com a elevação de ontem, os preços da soja acumulam queda de 5,7% desde o começo de agosto.

O milho e o trigo seguiram o mesmo percurso. Os papéis com vencimento em dezembro do cereal encerraram o pregão de ontem em US$ 8,7525 o bushel, alta de 7,3% sobre o dia anterior.

"Mais uma vez não há nenhuma notícia no cenário fundamental que justifique esse movimento do trigo, sobretudo porque a cultura está em plena colheita com previsão de safra recorde", avalia Élcio Bento, analista da Safras & Mercado. "Além de ter seguido os preços da soja e do milho, o trigo foi influenciado pela alta do petróleo", complementa.

Os contratos de milho com vencimento em setembro encerraram o dia US$ 5,39 o bushel, 5,8% de alta em relação ao dia anterior. Ainda assim, no mês, o milho acumula queda de 4,6%. "Vejo uma incoerência na recuperação do milho em relação a da soja", afirma Terracini.


Isso porque o relatório do Usda prevê uma produtividade do milho de 9,8 toneladas por hectare nas lavouras americanas, 4,4% mais que o estimado no relatório de julho. Com isso, os Estados Unidos devem colher 312,12 milhões de toneladas, alta de 4,9%. Já a safra de soja prevista no relatório do Usda foi revista para baixo. A previsão é de 80,9 milhões de toneladas, 0,1% inferior à projetada no mês passado.

Açúcar

As cotações do açúcar também elevaram-se ontem na CME Futures (antiga Bolsa de Nova York). O contrato março fechou em 15,20 centavos de dólar por libra-peso, alta de 2,4%. O desempenho dos preços açúcar no mês está praticamente estável em -0,39%. Em 1 de agosto, os papéis de março fecharam em 15,26 centavos de dólar por libra-peso.

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