Greenpeace critica arroz dourado mesmo após aprovação
Grupo fala contra a variedade, mesmo com benefícios comprovados
Ativistas do Greenpeace e de outras entidades ambientais iniciaram uma série de críticas sobre o chamado arroz dourado, mesmo após ele ser classificado como seguro pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos (US FDA). A variedade difere do arroz branco apenas em que contém β-caroteno, isto é, provitamina A, que o corpo humano converte em vitamina A.
Nesse cenário, segundo Adrian Dubock, que é PhD pela Reading University em fisiologia e ecologia reprodutiva. Ele é o secretário executivo do Conselho Humanitário do Golden Rice, a questão sobre segurança refere-se principalmente ao β-caroteno, que é de qualquer maneira onipresente em uma dieta humana equilibrada e no meio ambiente. “Nessas doses fisiológicas, o consumo de β-caroteno por vários anos não tem efeitos adversos à saúde”, afirma.
“O corpo humano só se converte em vitamina A, na forma de retinol circulante, a quantidade de β-caroteno necessária, sendo o restante excretado ou armazenado inalterado nos tecidos do corpo (por exemplo, gordura, fígado, etc.). É impossível induzir a toxicidade da vitamina A pelo consumo de β-caroteno (comunicação pessoal, Dr. R Russell)”, completa.
No entanto, ele afirma que, mesmo com essas propriedades positivas, algumas instituições ainda criticam a variedade. “Não obstante essa oposição, todas as instituições científicas independentes em todo o mundo determinaram, por muitos anos, que não há perigo inerente para as plantas cultivadas”, indica.
“No momento em que escrevo, 141 ganhadores do Prêmio Nobel, de cerca de 290 pessoas, assinaram uma carta aberta datada de 29 de junho de 2016, dirigida aos líderes do Greenpeace, das Nações Unidas e governos em todo o mundo, pedindo especificamente que a campanha contra o Arroz Dourado e culturas e alimentos melhorados através da biotecnologia em geral cesse”, conclui.