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Greve em SC paralisa produção da agroindústria

Setor estima uma perda de US$ 50 milhões e suspende o abate de produção


Os frigoríficos catarinenses devem começar a parar seus abates a partir dessa quarta-feira (01-08) caso não seja retomado o trabalho normal dos fiscais agropecuários federais. De acordo com o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarnes), Ricardo Gouvêa, o prejuízo para o setor, até agora, já totaliza US$ 50 milhões e tende a se agravar nos próximos dias.

Conforme Gouvêa, a Seara/Cargill manifestou que o abate nas unidades de Jaraguá do Sul e Forquilhinha devem ser interrompidos. - Até sexta-feira, boa parte dos frigoríficos terá que parar - disse. Ele afirmou que, na primeira semana da greve, as agroindústrias conseguiram estocar a produção nas câmaras frias. Só que o espaço está lotado e não há mais contêineres disponíveis. Cerca de 25 mil toneladas de carne estão parada nas unidades industriais. Só a Seara/Cargil tem sete mil toneladas paradas.

A Sadia e a Perdigão tem pelo menos quatro mil toneladas cada em suas unidades. Isso sem contar o volume retido no Porto de Itajaí. A unidade da Sadia de Chapecó, por exemplo, tinha 50 caminhões parados no pátio da empresa. Estão sendo liberados apenas 12 cargas por dia.- Isso é uma bola de neve - disse o diretor de Produção de Aves da Sadia e presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ronaldo Kobarg Müller.

Müller afirmou que o problema é a mesmo do início do mês passado e o governo federal não tomou atitude para resolver a situação. Hoje, representantes do setor avícola devem ter uma audiência no Ministério da Agricultura para pressionar o governo a encontrar uma solução para a produção, que está ameaçada.Já há navios que não carregaram nos portos o abate vai parar. Isso terá reflexo também no campo

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