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Grupo cooperativista alemão busca potenciais do MT

O intercâmbio comercial entre Mato Grosso e Alemanha poderá ser reforçado


O intercâmbio comercial entre Mato Grosso e Alemanha poderá ser reforçado. Uma comitiva com onze cooperativistas daquele país está percorrendo duas cidades do interior mato-grossense com o objetivo de conhecer o potencial agropecuário e as perspectivas para agregação de valor aos produtos primários. Atualmente, a Alemanha ocupa o sétimo lugar entre os países compradores dos produtos estaduais. De janeiro a outubro deste ano as compras alemãs somam US$ 114,56 milhões, o que representa 3,06% do total exportado até o momento.

A visita é liderada pelo presidente da Raiffeisen – confederação das cooperativas alemãs -, Manfred Nüssel. O grupo vem ao Estado pela primeira vez. A Raiffeisen reúne 3,12 mil cooperativas e mais de 3 milhões de sócios. O grupo faturou em 2005 37 bilhões de euros, ou cerca de US$ 49 bilhões.

O presidente da Cooperativa Central de Crédito do Mato Grosso (Sicredi/MT), João Carlos Spenthof, recepcionou os alemães no final da tarde de quinta-feira (30-11) e disse que no roteiro da visita estava uma audiência com o governador Blairo Maggi, que foi cancelada por conta do atraso na chegada dos cooperativistas ao Estado. Na sexta-feira, eles foram conhecer projetos e propriedades rurais de Nova Mutum (269 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) e nesse sábado estiveram em Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá), com o mesmo objetivo.

Spenthof explica que ainda não há declaradamente qualquer intenção de investir no Estado. “A visita é para que eles conheçam as potencialidades do Estado, principalmente no segmento rural e também querem saber sobre as possibilidades de agregação de valor aos produtos primários, por meio das agroindústrias”. Como destaca o presidente da Sicredi/MT, é interesse mundial conhecer os potenciais de produção de carnes, algodão, álcool e biodiesel que Mato Grosso tem. “A Alemanha se destaca pelo consumo de produtos prontos. Lá é comum as empresas terem vários microondas. O funcionário compra a comida pronta congelada e em três minutos está almoçando. Este é um grande filão para produção de alto valor agregado, que empresas brasileiras como a Sadia, já descobriram”.

Grande parte da Raiffeisen é composta por cooperativas de produção, como laticínios, gado e frigoríficas, frutas, legumes e floricultura, vinícolas e agrárias. “Pela representatividade deles, há potencial para que sejam consumidores ou investidores. O potencial é tanto nosso pelo volume de nossa produção, como deles pelo lastro financeiro”, aponta. Mas como ressalta Spenthof, “não há nada conversado em qualquer desses aspectos”.

Quando se trata de investimentos com capital externo, Spenthof lembra que o foco é sobre aplicações de rentabilidade rápida. “A opção por injetar recursos em uma agroindústria, por exemplo, é sinônimo de operação a longo prazo”, esclarece.

Ele lembra que Sicredi e a Raiffeisen criaram um vínculo, por meio de um acordo de cooperação técnica, entre 1995 e 1998, que possibilitou intercâmbio entre as entidades. Spenthop esteve na Alemanha por dois meses, por força desta intercooperação.

Em Mato Grosso a Sicredi possui 105 mil associados, 120 postos de atendimento em 95 municípios, mil colaboradores e R$ 650 milhões em ativos, entre depósitos e capital dos sócios.

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