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Grupo kuwaitiano quer investir em açúcar no Brasil

Grupo pretende expandir área de atuação investindo numa refinaria de açúcar


O grupo empresarial kuwaitiano International Commercial Center (ICC), que atua em diversos setores, como construção civil, exportação e importação, além da exploração de petróleo, pretende expandir sua área de atuação investindo numa refinaria de açúcar no Brasil.

Tudo começou quando o diretor-geral do grupo, Dawoud S. A. Sulaiman, participou, no final de outubro, do encontro de negócios com empresários catarinenses realizado na Cidade do Kuwait, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

“O empresário nos solicitou um estudo de viabilidade econômica de uma refinaria no Brasil. Ele pretende investir cerca de US$ 50 milhões no projeto”, disse o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.

O grupo, que tem escritórios no Líbano e no Iraque, exporta 100 mil toneladas de leite em pó e o equivalente a US$ 27 milhões em equipamentos para extração de petróleo para o Iraque. Na área de construção civil, o ICC conta com a Hopes International, que já realizou diversos projetos, como a edificação de escolas, hospitais, mesquitas e prédios residenciais, totalizando investimentos de US$ 37 milhões nos últimos três anos no setor. “Já fizemos várias construções para o governo do Kuwait”, afirmou o gerente-geral da empresa, Abdullah K. Al-Farhan.

A previsão, informou o gerente-geral, é de que até o final de 2007 o grupo destine em torno de US$ 75 milhões para o setor de construção civil. “Este mercado no Kuwait está em fase de expansão. Existem muitos projetos de edificações no país, portanto acreditamos no potencial deste mercado”, afirmou Al-Farhan.

Todo o material utilizado pela empresa é importado da Turquia, Espanha e China. “Apenas em barras de aço são importadas cinco mil toneladas a cada seis meses, o que representa US$ 10 milhões por ano”, disse. Em cerâmica, a empresa importa entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões a cada 12 meses.

Durante os dois dias de rodadas de negócios no Kuwait, alguns empresários catarinenses mostraram-se surpresos com o resultado dos contatos comerciais. O gerente de exportação da Madepar, fabricante de portas de madeira em Lages (SC), João Carlos Bunn, disse que esperava um índice positivo de contatos, mas que o interesse dos empresários árabes por seus produtos foi além do previsto.

“Acho que vamos ter sucesso neste mercado. O Kuwait é um país muito promissor e a Madepar tem capacidade e tecnologia para atender este mercado”, comentou Bunn. A empresa tem uma capacidade de produção de 37 mil portas por mês, mas pretende chegar em fevereiro de 2007 a 60 mil portas. A empresa exporta 100% de sua produção, sendo que metade é destinada para os Estados Unidos, 30% para a Europa e o restante para a Palestina, Canadá e Israel.

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