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Guerra comercial prejudicará sojicultores dos EUA

"Precisamos de negociações agora, em vez de respostas que machuquem os dois países”


Informações divulgadas pela Associação Americana de Sojicultores (ASA) indicou que a disputa comercial travada entre a China e os Estados Unidos pode acabar prejudicando os produtores de soja norte-americanos. De acordo com Davie Stephens, sojicultor de Clinton, Kentucky, e vice-presidente da ASA, o país precisa iniciar negociações ao invés de promover mais retaliações. 

“Se esta guerra comercial não for resolvida em breve, veremos consequências irreversíveis. Além das preocupações muito reais sobre uma contínua queda nos preços de nossos grãos, estamos falando sobre a viabilidade de nosso relacionamento de longo prazo com o mercado chinês. Precisamos de negociações agora, em vez de respostas que machuquem os dois países”, comenta. 

Desde junho, o preço da soja norte-americana nos terminais de exportação de Nova Orleans caiu 20%, de US$ 10,89 para US$ 8,68 por bushel, enquanto o prêmio pago pela soja brasileira aumentou de praticamente zero para US$ 2,18 por bushel, ou US$ 80 por tonelada métrica. Nesse cenário, é mais vantajoso para a China abandonar os EUA e iniciar negociações com o Brasil. 

“Com o agravamento da situação, essas decisões podem se tornar políticas de longo prazo. Mesmo que a administração atinja seu objetivo de mudar as políticas da China sobre transferência forçada de tecnologia e roubo de propriedade intelectual, o que poderia acabar com a guerra tarifária, essa tendência poderia ser irreversível. Os produtores de soja dos EUA podem se tornar o último recurso para o que tem sido, de longe, nosso mercado externo mais importante”, explicou.

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