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Hortaliças e frutas têm queda em preços

Tomate, alface e melancia tem queda. Cebola, batata e mamão registraram alta.


Foto: Eliza Maliszewski

O Boletim do Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (21), mostra recuo nos preços de alguns hortifruti analisados, atribuído às medidas de restrição devido à pandemia de COVID-19 e à sazonalidade da oferta. Os dados se referem a abril. A pesquisa faz análise sobre a comercialização exercida nos entrepostos públicos nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Brasília/DF, Fortaleza/CE e Recife/PE. 

Análise das hortaliças

O índice observa o comportamento de tomate, alface, batata, cebola e cenoura. A maior queda foi registrada no tomate que chegou a cair 29,60% na Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio de Janeiro e de 23,10% na central de Belo Horizonte. Já a alface, afetada sobretudo por estes tempos da pandemia do coronavírus e do clima frio que inibe as compras em algumas localidades, apresentou menor volume para comercialização e redução de preços. As maiores baixas ocorreram na central de Vitória (29%), mas também em Belo Horizonte (25,84%) e na Ceagesp, São Paulo (3,03%).

Já os preços da batata e da cebola vieram na contramão e apresentaram alta significativa. Para a batata, a continuidade do declínio da safra das águas quase em seu final e a presença ainda insignificante da nova safra fizeram a menor oferta pressionar os preços para cima. Estes movimentos foram unânimes nos mercados analisados, registrando altas entre 2,34% na CeasaMinas – Belo Horizonte e 33,18% na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro. No caso da cebola, os incrementos de preços foram ainda maiores. Os percentuais de alta ficaram entre 26,75% na Ceasa/GO – Goiânia e 80,20% na Ceagesp – São Paulo. O abastecimento concentrado na produção do Sul do país, em declínio em abril, e o atraso na saída da produção nordestina, em função das chuvas na região, pressionaram as cotações no sentido de aumento.

Análise das frutas

Neste item são observadas melancia, banana, laranja, maçã e mamão. A melancia foi a que teve maior redução percentual de preços, chegando a ser vendida na central de Goiânia com queda de 33,18%. A redução de preços ocorreu em virtude da fraca demanda resultante de chuvas em alguns centros consumidores e frio em outros, fatores que reduzem o consumo dessa fruta. 

A banana nanica e a prata tiveram menor produção em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, grandes produtores nacionais. Mesmo com a menor oferta, a redução na demanda, em decorrência das medidas de isolamento social (fechamento de escolas, bares, restaurantes e menor fluxo em feiras) fizeram com que os preços ficassem estáveis ou reduzissem. Dentre os mercados atacadistas que apresentaram diminuições nos preços dessa fruta, estão a central mineira (16,60%) e a de Goiânia (7,05%).

A comercialização da laranja registrou queda em quase todas as principais centrais de abastecimento. A demanda diminuiu, com a paralisação das escolas e fechamento de bares, restaurantes e feiras, embora os mercados varejistas e atacadistas continuassem funcionando. Na Ceasa PR (Curitiba) recuo de 9,66%.

A maçã apresentou queda da quantidade comercializada pelas Ceasas e alta nos preços em boa parte delas. Ocoreu oscilação para baixo no consumo das frutas, especialmente as miúdas (mais baratas, em maior número que na temporada passada e com custo de produção mais elevado), tanto da maçã fuji e principalmente da gala. Na Ceasa Goiânia (GO) queda de 17,37%.

Por fim o mamão teve alta na Ceagesp - São Paulo (48,35%), CeasaMinas - Belo Horizonte (39,49%), Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (2,76%), Ceasa/ES - Vitória (34,4%). Em outras palavras, a oferta caiu de forma generalizada e o preço aumentou em alguns centros distribuidores, acontecimento que poderia ter sido mais intenso se não tivesse ocorrido queda da demanda.
 

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