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Hortas comunitárias lutam contra urbanização em SP

Nesse contexto, pesquisadores mostraram que 50% dos agricultores urbanos de São Paulo foram afetados pela pandemia


Foto: Marcel Oliveira

As hortas comunitárias estão tentando lutar fortemente contra a urbanização na maior metrópole brasileira, a cidade de São Paulo. De acordo com estimativas da Universidade de São Paulo (USP), essas hortas já passam de centenas, mas o número exato não é fácil de mensurar.  

“Dentre as diversas iniciativas da USP junto a hortas urbanas e comunitárias pode-se destacar o Grupo de Estudos em Agricultura Urbana (GEAU) que, em 2016, foi integrado ao Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. Desde então, o grupo traz uma proposta de nuclear debates e estudos sobre a agricultura urbana (AU) e periurbana no município de São Paulo: possibilidades, conexões e contemporaneidade. A coordenadora do grupo é a professora Thais Mauad, pesquisadora do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP, especialista em saúde urbana e fundadora da horta comunitária da FMUSP”, informa o Jornal da USP. 

Nesse contexto, pesquisadores mostraram que 50% dos agricultores urbanos de São Paulo foram afetados pela pandemia, o que resultou em sensível queda nas vendas de seus produtos. “Os mais prejudicados foram aqueles que dependiam de intermediários, e mesmo entre os que conseguiram se adaptar aos novos canais de venda, 22% afirmaram que ficou mais difícil obter insumos para a horta. Houve queda significativa no valor de venda dos produtos e aumento no custo dos insumos entre abril e maio de 2020”, indica. 

Por fim, com todas as dificuldades, os autores reconhecem o papel estratégico da agricultura local no alívio da insegurança alimentar em grandes cidades como São Paulo e defendem a necessidade da melhoria de políticas públicas para a área. “A AU auxilia na diminuição da dependência de produtos frescos transportados por longas distâncias, especialmente em bairros mais carentes, criando renda e empregos para as pessoas que precisam”, relata o estudo. 

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