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Iagro faz palestra em Sidrolândia (MS) sobre doenças de citros

A Iagro está fazendo vistoria na área para o plantio de citros, pois antes da entrada da muda no Estado, é preciso que haja autorização da Agência



A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), através da Gerência de Defesa Sanitária Vegetal, realiza nesta quarta-feira (23-04) no Assentamento Alambari, em Sidrolândia, uma palestra para produtores rurais sobre pragas e doenças de citros.


De acordo com a engenheira agrônoma Marise Garcia, a Iagro está fazendo vistoria na área para o plantio de citros, pois antes da entrada da muda no Estado, é preciso que haja autorização da Agência.

“O principal problema é a doença do cancro cítrico. Esta será a ênfase da nossa palestra para conscientizar os assentados sobre a necessidade de erradicar as plantas contaminadas”, afirmou a engenheira Marise.

A doença

Causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri, o cancro cítrico ataca todas as variedades e espécies de citros e constitui uma das mais graves doenças da citricultura brasileira.

Não há medidas de controle capazes de eliminar completamente a doença. As plantas (quando infectadas) e a eliminação da bactéria de uma determinada área exigem a erradicação das plantas doentes e das demais suspeitas de contaminação.

Por tratar-se de uma "praga" quarentenária, o comércio de frutos cítricos, suco concentrado e seus derivados é regulamentado por legislação internacional e a não adoção de medidas de exclusão/erradicação impede o comércio desses produtos para países livres do patógeno.

A doença manifesta-se por lesões em folhas, frutos, ramos e, quando em altas severidades, pode provocar queda de frutos e folhas com sintomas. As lesões podem ter variações nas suas características, podendo ser confundidas com outras doenças e pragas. Por isso, sempre que houver suspeita de contaminação em um pomar, o Fundecitrus ou a Secretaria Estadual da Agricultura devem ser avisados, para que o material seja recolhido e levado à análise em laboratório credenciado.

Ocorrência

A bactéria causadora dessa doença foi introduzida no Brasil em 1957 na região de Presidente Prudente (SP). Ela é de fácil disseminação e um de seus vetores é o próprio homem. Altamente contagiosa, ela é resistente e consegue sobreviver em diversos ambientes por vários meses. Em folhas, ramos e frutos com sintomas, a sobrevivência da bactéria pode durar vários anos.


Variedades e espécies mais resistentes (em ordem descrescente)

1. Poncan
2. Mexerica do Rio
3. Limão Taiti
4. Laranja Pêra
5. Laranja Valência
6. Laranja Natal
7. Tangor Murcote
8. Limão Cravo
9. Laranja Hamlin
10. Laranja Baianinha
11. Limão Siciliano
12. Limão Galego
13. Pomelo

É bom lembrar que nenhuma variedade é imune ao cancro cítrico. As lesões provocadas pelo cancro cítrico são salientes, o que não ocorre na maioria das outras doenças e pragas. Os primeiros sintomas aparecem nas folhas, e é nessas que são encontradas em maior quantidade, em comparação com a presença de sintomas em frutos e ramos.

A bactéria causadora do cancro se espalha de forma muito fácil e um dos maiores agentes dessa disseminação é o homem, por meio do trânsito indiscriminado de pessoas pelos pomares, utensílios de colheita, veículos, mudas e outros materiais cítricos contaminados.

Tal bactéria do cancro cítrico pode sobreviver por vários anos em material vegetal cítrico contaminado destacado da planta. Em outros materiais, como metal, plástico, madeira e tecido, a sobrevivência da bactéria é mais curta, geralmente de dias a semanas.


Como não existe método curativo para a doença, a única forma de eliminar o cancro cítrico é por erradicação do material contaminado. Por essa razão, o citricultor deve ficar atento às medidas de prevenção e não esquecer da inspeção rotineira.

No entanto, só a erradicação das árvores contaminadas não garante a eliminação da bactéria causadora do cancro cítrico; também é importante eliminar as rebrotas que surgem na área onde foi realizada a erradicação e queima das árvores. Essas rebrotas podem estar contaminadas pelo cancro cítrico.
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