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Iapar pesquisa semente de mostarda

Os pesquisadores do Instituto devem divulgar a classificação botânica da mostarda trazida de Jerusalém


Os pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) devem divulgar nos próximos dias a classificação botânica, ou seja, a espécie da mostarda que foi trazida do Jardim das Oliveiras, na cidade de Jerusalém, em Israel, por dom Ladislau Biernaski, primeiro bispo da diocese de São José dos Pinhais. Ele presenteou o governador Roberto Requião com uma muda da planta em outubro do ano passado.

No Iapar Londrina e de Quatro Barras, na região Metropolitana de Curitiba, as sementes foram reproduzidas em laboratório. No final de abril, dois exemplares da espécie também foram plantados nos jardins do Palácio Iguaçu, na Capital.

O pesquisador do Iapar de Quatro Barras, Nilceu Ricetti Nazareno, disse que a mostarda ficou em estufa e os seis pés chegaram a atingir 2 metros de altura. Como as sementes são muito pequenas, comparáveis a ponta de um alfinete, são frágeis no estágio inicial, o que dificulta o processo de reprodução. Segundo ele, agora, a planta está começando a florescer, o que vai facilitar a identificação. Este trabalho será realizado por um botânico. Exemplares da mostarda também foram enviados para Londrina e para a Lapa para verificar a adaptação em diferentes tipos de climas e solos no Paraná. "A idéia do governo era que a mostarda fosse multiplicada para ser plantada nas escolas estaduais sempre fazendo referência a seu significado bíblico", disse.

As sementes da mostardeira que estão em estudos no Iapar medem cerca de 0,5 milímetro e são difíceis de serem reproduzidas em campo. Quando a planta é pequena, as folhas podem ser consumidas e depois se tornam uma árvore de grande porte.

O diretor técnico-científico do Iapar, Arnaldo Colozzi Filho, disse que todas as vezes que o instituto recebe uma semente sem identificação, torna-se material de pesquisa. Segundo ele, em Quatro Barras e em Londrina, as sementes foram colocadas na "casa de vegetação" um ambiente no qual as condições ambientais são controladas e há uma estrutura de umidade e temperatura onde a planta não sofre "estresse". A casa tem uma estrutura de alumínio com paredes de vidro. Ele explicou que, em Curitiba, onde há menos intensidade luminosa as plantas crescem mais. Em Londrina, com mais sol, crescem menos.

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