CI

IBGE estima safra 9,4% maior

O aumento deve-se, principalmente, à maior produção de soja


Foto: Eliza Maliszewski

Neste terceiro prognóstico, divulgado pelo IBGE, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas em 2022 deve ser recorde e somar 277,1 milhões de toneladas, com crescimento de 23,9 milhões de toneladas (9,4%) em relação a 2021. O aumento deve-se, principalmente, à maior produção de soja (2,5% ou 3,3 milhões de toneladas), de milho 1ª safra (11,2% ou 2,9 milhões de toneladas), de milho 2ª safra (29,4% ou 18,3 milhões de toneladas), de algodão herbáceo em caroço (4,6% ou 268,9 mil toneladas), de sorgo (11,4% ou 274,6 mil toneladas), de feijão 1ª safra (10,8% ou 124,7 mil toneladas) e de feijão 2ª safra (4,6% ou 47,2 mil toneladas).

Foram estimados declínios na produção do arroz (-4,9% ou 563,9 mil toneladas), do feijão 3ª safra (-0,9% ou 5,4 mil toneladas) e do trigo (-7,4% ou 581,3 mil toneladas.

SOJA (em grão) – A terceira estimativa de produção para 2022 aponta uma alta de 2,5% na produção de soja, em relação a 2021. O volume de produção foi estimado em 138,3 milhões de toneladas, novo recorde de produção da leguminosa e mais da metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país em 2022. Ao contrário da safra 2021, quando houve atraso no plantio, nesta safra, a semeadura da soja ocorreu antecipadamente, de forma acelerada, na maior parte das regiões produtoras.

MILHO (em grão) – A estimativa para a produção de milho é de 108,9 milhões de toneladas, um declínio de 478,3 mil toneladas em relação ao 2º Prognóstico (-0,4%), contudo um aumento de 24,1% em relação à safra de 2021 (21,2 milhões de toneladas a mais). Após uma grande queda na produção em 2021, efeito do atraso do plantio da 2ª safra e da falta de chuvas nas principais unidades produtoras, aguarda-se um ano dentro da normalidade o que propiciará a recuperação das lavouras, inclusive devendo atingir um novo recorde nacional.

SORGO (em grão) – A terceira estimativa da produção para a safra de 2022 foi de 2,7 milhões de toneladas, crescimento de 11,4% em relação ao ano anterior. Como boa parte da produção do sorgo é realizada em época de segunda safra e o ano agrícola iniciou-se sem atraso, aguarda-se também uma “janela de plantio” mais ampla para o cereal, o que é favorável em termos de riscos climáticos. Contudo, face à maior rentabilidade e liquidez do milho, os produtores devem investir mais nesse cereal.

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa para a produção de algodão é de 6,1 milhões de toneladas, um aumento de 0,3% em relação ao mês anterior e de 4,6% em relação a 2021. A recuperação dos preços da pluma e o aumento da demanda internacional devem incentivar os produtores a aumentarem a área cultivada. Em Mato Grosso, maior produtor nacional com 68,8% da produção, espera-se um aumento de 4,9% na produção em relação à safra anterior. A maior parte das áreas de algodão do estado são plantadas na 2ª safra, após a colheita da soja. O início das chuvas dentro do período ideal propiciou o plantio antecipado da soja, o que vai favorecer também a 2ª safra.

ARROZ (em casca) – A terceira estimativa aponta para uma produção de 11,1 milhões de toneladas, declínios de 0,4% em relação ao mês anterior e de 4,9% em relação ao ano anterior. Mas essa produção deve ser suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro.

FEIJÃO (em grão) – O terceiro prognóstico da produção de feijão para a safra 2022 é de 2,9 milhões de toneladas, aumento de 6,0% em relação à safra colhida em 2021. A 1ª safra deve produzir 1,3 milhão de toneladas; a 2ª safra, 1,1 milhão de toneladas e a 3ª safra, 591,4 mil toneladas. Esse volume de produção deve atender ao consumo interno do país em 2022.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.