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IEA mostra que o produtor rural perde para a inflação


Mais uma vez, a agricultura foi a âncora da economia em 2004. O Índice de Preços recebidos pelos Agricultores (IPR) fechou o ano com alta de 9,64%, abaixo da inflação medida pelo IGP-M, de 12,41%, porém superior ao IPCA, que subiu 7,54%. "A agricultura foi e deve continuar sendo a âncora da economia em 2005", diz Nelson Martin, diretor técnico do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão ligado à secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.

No ano, os produtos que mais subiram foram o café, com alta de 62,92%, a batata, com 51,72% e a carne suína, com 42,17%. Os produtos que mais caíram foram o amendoim, que recuou 34,21%, o arroz, com queda de 33,96% e o tomate, com retração de 31,71%.

"Para este ano, tudo indica que a cana-de-açúcar, o café, a laranja e as carnes tenham, em média, preços mais elevados", diz Martin. "Por outro lado, soja, arroz, algodão e milho devem cair", afirma o pesquisador do instituto.

Os preços da soja, do milho e do algodão tendem a cair em função da grande oferta mundial desses grãos. Já os preços do arroz tendem a ser pressionados pelas importações da Argentina e do Uruguai.

O IPR começou a subir mais a partir de outubro do ano passado, justamente o período de repique dos preços do café no mercado internacional. As cotações subiram em razão da previsão de quebra da safra do Brasil, maior produtor mundial.

No mês de dezembro, o IPR subiu 2,33%, puxado sobretudo pela alta dos preços do café, da cana-de-açúcar e da laranja, que subiram respectivamente 12,61%, 5,71% e 10%, informa o IEA.

O grupo de produtos vegetais teve alta de 4,41% no mês de dezembro, enquanto o grupo que reúne apenas os produtos de origem animal apurou queda de 1,42%.

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