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Imagens por satélite respaldam estudo de área de cultivo agrícola

A experiência está sendo levada, inicialmente, com o arroz cultivado no RS


A Conab iniciou, no mês passado, um trabalho inédito que vai verificar, com o uso de imagens por satélite, o tamanho real das áreas de cultivo de produtos agrícolas nas principais regiões produtoras brasileiras. A experiência está sendo levada, inicialmente, com o arroz cultivado no Rio Grande do Sul, e a previsão é de que os resultados sejam divulgados no site da Companhia, a partir do mês de março próximo.

O objetivo da modalidade, segundo os técnicos da regional da Conab em Porto Alegre e da área de Informação do Agronegócio (Geote/Geasa/Suinf) em Brasília, é complementar as informações coletadas para a safra de grãos, durante o processo de pesquisa de campo, com um índice maior de exatidão.

De acordo com os técnicos, toda a área cultivada de arroz, irrigado ou não, no sul e na fronteira oeste do estado gaúcho já foi mapeada com pontos geolocalizados por meio de GPS. Também, outros tipos de cobertura de superfície, como as lavouras de soja, de milho, as pastagens e áreas não cultivadas ("pousio") foram incluídos no processo.

Como primeiro passo, os técnicos fizeram um teste em Mato Grosso, onde mapearam, em setembro, o milho segunda safra (Safrinha) das regiões de Itiquira, Sinop, Santa Carmem e Gaúcha do Norte.


Cenas de satélite

Segundo o consultor de sensoriamento remoto André Souza (Conab/PNUD), os dados obtidos em Itiquira complementaram as informações da pesquisa de campo, que normalmente adota a coleta subjetiva, aumentando com isso a sua confiabilidade. Ele reconhece a complexidade e a exigência de tempo para realização do trabalho, devido o grande número de cálculos para as inúmeras cenas de satélite.

"No Rio Grande do Sul, estamos adotando o mapeamento prévio feito pela Conab para 2010, além de informações de outros órgãos públicos e também a base de imagens do Google. Utilizamos 23 cenas, todas deste ano, cobrindo todo o estado com os usos e tipos variados de superfície, como lavouras de soja, arroz, eucalipto, pousio, terrenos alagados, dentre outras", ressalta. André acredita que a nova tecnologia é crucial para apresentar, com exatidão, os números da produção e da área destinada à produção agrícola brasileira.

Outras informações sobre o assunto ou de áreas de produção do Brasil podem ser obtidas no site, em Geotecnologia e Projeto Geosafras.

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