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Importância nutricional e queda do consumo do feijão é foco de debate

O debate fez parte do II Fórum e II Encontro do Feijão


Transformar o feijão escuro e sem uso em farinhas de proteínas. Melhorar a produção, otimizar as propriedades. Retardar o envelhecimento. Estes e outros temas foram abordados durante a palestra do Engenheiro de Alimentos e professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ivo Mottin Dermiate. A palestra de tema “A importância nutricional do feijão e processos industriais que visam simplificar o preparo”, foi feita na manhã de sábado (27), durante o II Fórum e II Encontro do Feijão, em Castro.

O professor explanou diversas aspectos da cadeia produtiva do feijão, desde o plantio, as propriedades nutricionais, o armazenamento até as possibilidades de venda para o mercado e o consumo no Brasil.

Em sua fala, Dermiatte apontou que é preciso buscar alternativas para o uso do grão, em outras formas de consumo, já que o feijão perde pouco de suas propriedades nutricionais depois de velho, mas as pessoas não querem consumi-lo, por causa da perda de cor.

O professor falou ainda sobre a busca de novos processos de manipulação e armazenagem que retardem o envelhecimento do grão. “Podemos ter ações até mesmo no preparo que ajudem a melhorar o aspecto do grão”, colocou. “Buscamos pesquisas, e é muito interessante, que essas discussões aconteçam, aqui, para que possamos melhorar cada vez mais”.

Quanto mais alta a escolaridade, menor é o consumo de feijão.

Também sobre este tema ocorreu, na sexta (26), a palestra da professora da Universidade Federal do Paraná, Regina Maria Ferreira Lang. Ela comentou a importância do feijão na alimentação e algumas alternativas para diminuir a queda do consumo do grão. Segundo ela, foram detectados em estudos recentes do Ministério da Saúde que, quanto mais alta a escolaridade, menor o consumo de feijão. Principalmente entre as mulheres.

“Isso ocorre porque, as mulheres mais estudadas, tem menos tempo para o preparo da sua a,imentaçao, devido a correria do trabalho no dia-a-dia”. A professora apontou, ainda, como alternativa para a diminuição de consumo, os feijões prontos. “A gente sempre orienta as pessoas que tem pouco tempo, a cozinhar mais feijões e congelar. Mas para quem ainda não consegue, temos o feijão pré cozido, que pode perfeitamente ser consumido, sem grandes perdas nutricionais”.

Para a professora, uma das alternativas é tentar resgatar a nacionalidade do brasileiro, como tem acontecido nas campanhas do governo federal. Segundo ela, é preciso desmistificar três pontos: a demora no cozimento (já que existem alternativas para facilitar esse preparo), a ideia de que feijão é comida de pobre, socialmente colocada e, por último, que o alimento engorda.

“Esses três pontos chaves tem que ser trabalhados para que possamos resgatar o valor social e cultural do nosso feijão com arroz, em qualquer campanha que fizermos”, afirmou, finalizando.

As informações são da assessoria de imprensa do Instituto Brasileiro do Feijão.

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