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Imposto para importação de trigo na Argentina prejudica cadeia brasileira

O governo argentino aumentou os impostos de exportação sobre o trigo de 20% para 28%


A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) alerta o governo brasileiro para mais um duro golpe do governo da Argentina em relação às exportações de trigo e farinha de trigo, que podem ser sentidas de maneira negativa em toda cadeia produtiva do Brasil.

O governo argentino aumentou os impostos de exportação sobre o trigo de 20% para 28%, mas não houve, até o momento, qualquer menção para o aumento da atual alíquota de 10% para farinha de trigo. “Se a Argentina aumentou seu imposto de exportação do trigo, ela tem de aumentar o da farinha de trigo para os mesmos 28%. Caso isso não ocorra, será uma medida para destruir a indústria nacional brasileira, pois seremos obrigados a comprar farinha de trigo do país vizinho, fechando postos de trabalho e tornando o país dependente da farinha argentina para nosso pão, macarrão e bolachas”, afirma Samuel Hosken, presidente da Abitrigo.

A entrada da farinha argentina no Brasil, além de estabelecer uma competição desigual com o produto nacional, também contribui para afetar o desenvolvimento da indústria de moagem brasileira, considerada uma das mais eficientes e modernas do mundo. A indústria de moagem de trigo do Brasil, segundo a Abitrigo, tem capacidade para moer 14 milhões de toneladas/ano de farinha de trigo, porém utiliza apenas cerca de 60% deste potencial.

“O governo brasileiro deve ficar atento para não permitir esta agressão comercial ao produtor de trigo, à indústria nacional e ao consumidor, que dependerá do humor dos fornecedores argentinos”, conclui Hosken. As informações são da assessoria de imprensa da Abitrigo.

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