Inadimplência em máquinas chega a 20% em Rondonópolis (MT)
Os problemas enfrentados no campo desencadearam o aumento na inadimplência
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Os problemas enfrentados no campo desencadearam o aumento na inadimplência junto aos fornecedores de máquinas agrícolas de Rondonópolis, Mato Grosso. Em alguns casos, as pendências somam 20% do volume de negócios. É o exemplo da Agrimáquinas Peças e Máquinas Agrícolas. De acordo com o proprietário da empresa, Gildo Moura de Souza, desde 2004 o estabelecimento acumula 25% de inadimplência. Ele calcula que somente este ano a taxa de atraso no pagamento dos contratos oscila entre 15% e 20%. “Precisamos nos adequar a nova realidade e cortar custos. Felizmente ainda não foi necessário tocar no nosso quadro de funcionários”, ressalta.
O representante comercial da Metalfor, Nilson Domingos Patias, destaca que a inadimplência junto à empresa é baixa, algo em torno de 3%. Ele diz que a crise não resultou em atrasos porque os financiamentos são efetuados por intermédio de instituições financeiras. “Não posso afirmar que nossos clientes estão em dia com o pagamento das prestações junto aos bancos”, diz. Apesar do risco em fechar negócios, uma vez que a renda dos agricultores está mais enxuta, ele destaca que a empresa está fazendo de tudo para atrair os produtores às compras. “Melhoramos as condições de pagamento”, revela.
Souza conta que a estratégia de vendas adotada pela Agrimáquinas é a mesma. Segundo ele, além de parcelar as aquisições em até 12 vezes, ante o máximo de quatro prestações efetuadas antes, os fornecedores de máquinas da revenda baixaram o preço dos produtos. Uma colhedeira de forragem, por exemplo, que na safra 2003/04 foi vendida por cerca de R$ 14 mil hoje pode ser adquirida por até R$ 11 mil. Neste caso, a retração foi de 21,43%.