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Incaper lança livro sobre a cultura do tomate no Espírito Santo

Obra apresenta as mais modernas técnicas de cultivo e orienta quanto a ganhos de produtividade e rentabilidade


O livro apresenta as mais modernas técnicas de cultivo e orienta quanto a ganhos de produtividade e rentabilidade.

Com o objetivo de reunir em uma obra técnica as principais tecnologias de produção, colheita e pós-colheita do tomate, tendo como base a realidade climática e sócio-econômica do Espírito Santo, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) lançou na terça-feira (21) uma obra inédita no Estado: o livro "Tomate".

Para a elaboração do livro, o Instituto adotou como estratégia congregar especialistas das principais áreas ligadas à cultura do tomate, buscando organizar em uma obra as experiências e conhecimentos técnico-científicos mais relevantes gerados com a tomaticultura no Espírito Santo, após décadas de trabalhos dos pesquisadores do Incaper junto aos agricultores. Aliado aos resultados de pesquisas locais, também participam da obra diversos pesquisadores do Brasil, conhecedores do perfil dos agricultores e da realidade de produção capixaba.

"O tomate é a principal hortaliça capixaba, e apresenta grande importância no quadro social e econômica do Espírito Santo. Dessa forma, um livro que traz as mais modernas técnicas de cultivo e orienta os agricultores quanto à obtenção de ganhos de produtividade e rentabilidade na atividade vem a acrescentar e muito para a economia capixaba", afirmou o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli.

De acordo com o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, a publicação vem para suprir uma lacuna existente no Estado. "Este livro representa para o setor agrícola uma obra inédita no Espírito Santo, com conteúdo diversificado e de elevado valor público. A obra preenche mais uma lacuna na demanda de referências para a melhoria do padrão tecnológico da agricultura capixaba, e atesta o papel do Incaper, que é levar ao agricultor informações que contribuam para o seu desenvolvimento. Acreditamos que o conhecimento é o caminho para a solução dos principais entraves encontrados na agricultura e para a melhoria da qualidade de vida do homem do campo", afirmou ele.

Elaborado por 25 autores e revisado por 24 especialistas, com 11 Instituições participantes, o livro "Tomate" configura-se como uma referência para a sustentabilidade econômica, social e ambiental da cultura.

Em 14 capítulos e 426 páginas, os técnicos e tomaticultores do Estado poderão encontrar as mais modernas tecnologias de produção, colheita e pós-colheita do tomate, tendo como foco a construção de uma cultura produtiva que ao mesmo tempo contribui para a conservação do meio ambiente. O intuito é a obtenção de frutos diferenciados, que atendam aos requisitos dos mercados mais exigentes em termos de padrão de qualidade e segurança do alimento.

Tomaticultura capixaba
O Espírito Santo é autossuficiente na produção da maioria das hortaliças nele consumidas, com excedentes exportáveis, sendo o tomate, em termos econômicos e sociais, a olerícola mais importante do Estado.

A cultura está presente em todo o seu território, numa área de aproximadamente 2 mil hectares, envolvendo 700 propriedades, que produzem em torno de 140 mil toneladas do fruto por ano, gerando 10 mil empregos diretos e um montante de aproximadamente R$ 100 milhões. A importância social do tomate está no fato de que a atividade é altamente intensiva de mão de obra, tendo em vista que a cada hectare ocupa, em média, cinco trabalhadores rurais.

O Espírito Santo é tradicional produtor desta hortaliça, com utilização de duas épocas distintas de plantio: a "de verão", realizada nas regiões de montanhas, que se traduz em aproximadamente 60% da área cultivada; e a "de inverno", naturalmente realizada nas regiões quentes. Além de atender o mercado estadual, o tomate capixaba também é exportado tanto para a Região Nordeste quanto para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília.

O nível tecnológico da cultura é considerado muito alto, uma vez que se posiciona nos mesmos patamares de outros importantes estados produtores, tais como Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A produtividade oscila entre 60 e 70 toneladas por hectare, perdendo apenas para Goiás, que chega a 80 t/ha.

Do total produzido no território capixaba, em torno de 70% é comercializado para diversos mercados nacionais. Do volume de produção que fica no Estado, de 20% a 30% passam pela Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES) e, desses, 72% são comercializados na Grande Vitória, sendo 76% em rede de supermercados e quilões, e 24% em feiras livres e cozinhas industriais.

Com o intuito de atender ao mercado cada vez mais exigente, a Seag, por meio do Incaper, vem conduzindo um programa de Produção Integrada (PI) para as propriedades que cultivam o tomate. Ele consiste em garantir produtos de qualidade e ganhos nos indicadores de sustentabilidade, por meio de uma série de ações e boas práticas agrícolas, que, de forma, integrada, diminuem a necessidade de agrotóxicos e promovem a qualidade do produto.

Além disso, o Incaper, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), frequentemente ministra cursos e treinamentos para os produtores capixabas, com o objetivo de transmitir as técnicas adequadas de cultivo do fruto. O objetivo é o constante desenvolvimento da atividade, com aumento da qualidade e produtividade nas plantações e melhoria da rentabilidade e qualidade de vida para os agricultores capixabas.

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