Independência entra com pedido de recuperação judicial
Companhia apresentará um plano de reorganização perante seus credores, no prazo de 60 dias contados a partir da decisão judicial que concede a recuperação judicial
As operações da Companhia foram recentemente impactadas negativamente por uma combinação de fatores que incluem:
? Rompimentos severos no comércio global da carne bovina;
? Queda excessiva na demanda dos principais países importadores, levando ao excesso de oferta de produtos;
? Queda de preços na exportação acima da desvalorização da moeda brasileira;
? Redirecionamento do volume exportado para o mercado interno brasileiro,
levando à competição predatória e à queda nos preços, especialmente na carne desossada;
? Preço estável do gado.
Além disso, a falta de liquidez nos mercados financeiros e dificuldade no rolamento de linhas de financiamento comercial de curto prazo e o alto número de inadimplência e renegociações de contratos de venda ajudaram a tomar a decisão de pedir a recuperação judicial.
“O Independência tomou a medida de ajuizar recuperação judicial, amparado em decisão do seu conselho de administração, posteriormente à consulta junto a seus assessores e extensa análise de todas as suas alternativas. Estamos enfrentando momentos difíceis e optamos em recuar para poder nos reorganizar. A administração da empresa não está medindo esforços para resolver esta questão. Sabemos da nossa responsabilidade e reconhecemos o contratempo que estamos causando. Somos uma empresa séria e comprometida e acreditamos nas pessoas que nos ajudaram a construir a história do Independência há mais de 30 anos”, destaca o vice-presidente e diretor financeiro do Independência Tobias Bremer.
O Independência apresentará um plano de reorganização perante seus credores, no prazo de 60 dias contados a partir da decisão judicial que concede a recuperação judicial. O plano irá detalhar as providências a serem tomadas para permitir à Companhia endireitar sua atual situação financeira, de forma a viabilizar a continuidade de seus negócios e satisfação dos interesses comuns de todas as partes envolvidas. Assim, antes desse plano ser finalizado, a Companhia não tem condições de divulgar nenhuma informação, números ou projeções, pois está se estruturando para tomar a decisão mais adequada.
“Estamos analisando todas as possibilidades para chegar à melhor solução e isso requer um tempo, previsto pelo próprio processo de recuperação judicial. Teremos 60 dias para fazer as análises e nos municiar das melhores ferramentas para enfrentar o cenário. Por isso, é importante sermos cautelosos nas análises e decisões para que possamos reverter a situação”, destaca Bremer.
Os abates continuam suspensos por tempo indeterminado nas unidades de Mato Grosso (Colider, Confresa, Juína, Nova Xavantina e Pontes e Lacerda), Mato Grosso do Sul (Nova Andradina e Anastácio), Goiás (Senador Canedo), Rondônia (Rolim de Moura) e norte de Minas Gerais (Janaúba).
“O Independência preza muito pela transparência que sempre teve com o mercado. Por isso, na medida em que tivermos mais informações, iremos comunicá-las”, finaliza Tobias Bremer.
O Independência S.A. é uma das empresas líderes do Brasil no setor de frigoríficos de carne bovina e couro, com capacidade atual de abate de 10.800 cabeças e produção de 10.000 peles por dia, e uma das maiores operadoras de logística refrigerada do país. A Companhia está presente em 7 estados brasileiros e no Paraguai com 12 plantas de abate e desossa, 3 curtumes, 3 fábricas de charque, 5 módulos de produção de biodiesel, com centros de distribuição em Cajamar, Itupeva e no porto de Santos. As informações são da assessoria de imprensa do Independência S.A.